Elon Musk tem de respeitar ordem judicial do Brasil, diz ministro das Comunicações

A Agência Nacional de Telecomunicações notificou todas as operadoras de internet do país para cumprirem a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear acesso ao X

Equipe InfoMoney

Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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O governo federal vai continuar exigindo que a Starlink cumpra a ordem judicial de bloqueio da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, afirmou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), nesta quarta-feira (4), no programa Bom Dia, Ministro da EBC.

“No Brasil, ordem judicial se cumpre. Quando uma determinada empresa descumpre uma decisão judicial, como estava descumprindo, e mais do que isso, ainda chega ao tom de provocar, de afrontar, ela merece toda a repulsa da população brasileira, do governo e do país”, disse o ministro.

A Agência Nacional de Telecomunicações notificou todas as operadoras de internet do país para cumprirem a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi respaldada pela Primeira Turma da Corte.

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“Nós temos soberania nacional, nós temos a democracia, uma constituição que é obedecida por todos e não é um sujeito com maior poderio econômico, ricaço de fora do país, que vai afrontar o Brasil. Não vamos admitir isso jamais”, afirmou Juscelino.

O descumprimento de ordem judicial, segundo o ministro, não será só de multa, mas também a abertura de um processo de cassação da outorga da prestação do serviço no Brasil.

“Se eles não cumprirem isso, naturalmente a Anatel e o Ministério das Comunicações vão abrir um processo de cassação dessa outorga. Mas a gente espera que a decisão judicial no Brasil seja cumprida”, finalizou.

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Escolas conectadas

No programa, o ministro Juscelino também destacou a meta de levar internet de qualidade e reduzir as desigualdades nas escolas brasileiras. O objetivo é levar internet de banda larga e wi-fi para até 20 mil escolas públicas no ensino básico até 2026. A iniciativa viabilizará o investimento de até R$ 1,2 bilhão.

Para atingir o objetivo, o ministério implementou o programa Estratégia Nacional das Escolas Conectadas (ENEC). Os recursos resultam de edital de renúncia fiscal do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust),articulado entre o Ministério das Comunicações (MCom) e o Ministério das Educação (MEC).

“Temos colocado a Estratégia Nacional das Escolas Conectadas, como a prioridade número um da nossa gestão, porque nós enxergamos nessa estratégia um programa uma ferramenta transformadora, no futuro dessas gerações que estudam em escola pública, de ter acesso a conectividade, conteúdo pedagógico, inclusão digital, laboratório, equipamentos nas escolas públicas”, concluiu.

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(Com Agência Brasil)