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Elmano de Freitas (PT) foi eleito em primeiro turno na disputa pelo governo do Ceará.
Com 95,31% das urnas apuradas no estado, matematicamente não há mais chance de segundo turno.
Às 21h34, Elmano registrava 53,69% dos votos. Para vencer a disputa em primeiro turno, um candidato a governador deve ter 50% dos votos válidos no estado mais um — brancos e nulos não contam.
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Até o momento, Capitão Wagner (União Brasil) aparece em segundo lugar, com 32,13% do total. Os números estão sendo divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará, Freitas atuou na Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP), bem como na defesa jurídica e política do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Ele também foi secretário de Educação de Fortaleza e coordenador do Orçamento Participativo na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins (PT), em Fortaleza.
Nas eleições de 2014, o candidato do PT foi eleito deputado estadual e reeleito em 2018, com mais de 68 mil votos. Em 2022, liderou a coligação Ceará Cada Vez Mais Forte, formada pelos partidos PC DO B, PV, PP, MDB, PRTB, PSOL, REDE e SOLIDARIEDADE, além do PT.
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Ele também teve o voto da atual governadora Izolda Cela, que deixou o PDT no início da campanha eleitoral.
Atrito entre os irmãos Ferreira Gomes
A eleição ao governo do Ceará causou um abalo na relação entre os irmãos Ciro, Cid e Ivo Ferreira Gomes, todos do PDT e da família que domina a política do estado há alguns anos.
A indicação de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, em vez da governadora Izolda Cela pelo PDT ao governo do estado, fez o PT deixar a aliança com a família.
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Mas enquanto Ciro defendeu a indicação de Cláudio, o senador Cid Gomes e o prefeito de Sobral Ivo Gomes queriam Izolda, para manter a aliança com o PT. No fim, o Partido dos Trabalhadores lançou o nome de Elmano ao governo do estado e Izolda deixou o PDT.
Mas Cid e Ivo não declararam apoio a Roberto Cláudio, o que gerou um atrito com Ciro, que não visitou o estado em sua campanha ao Planalto. Em entrevista ao Flow Podcast, Ciro disse que “meteram a faca em minhas costas”
Roberto Cláudio ficou em terceiro lugar na eleição, com xx dos votos.
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O que faz um governador?
A governadora ou o governador exerce o Poder Executivo no Estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de Estado.
Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos Estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os Estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).
O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.
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Votação para o Senado
Camilo Santana (PT), foi eleito ao Senado pelo estado do Ceará. O mandato começa em 2023 e termina em 2030.
Professor e engenheiro agrônomo, Santana foi governador do Ceará de 2015 até abril de 2022, quando deixou o posto para disputar uma vaga no Senado.
Antes de assumir o comando do estado do Ceará, ele foi deputado estadual, entre 2007 e 2011, e secretário estadual de Desenvolvimento Agrário e de Cidades durante a gestão de Cid Gomes (PDT), entre 2007 e 2015.
Santana passa a ocupar no ano que vem uma das 27 cadeiras do Senado Federal que estavam em disputa nas eleições de 2022. A Casa tem, ao todo, 81 assentos.
A legislação brasileira permite que senadores possam se candidatar a novos cargos sem ter que abrir mão do mandato e muitos dos atuais parlamentares disputam outras vagas. Se eleitos, deixam de ser senadores. Por isso, a depender do resultado das urnas, até metade do Senado pode vir a ser ocupado por novos rostos.
O que faz um senador?
Senadoras e senadores são os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Congresso Nacional. Assim como os integrantes da Câmara dos Deputados, têm a prerrogativa constitucional de fazer leis e de fiscalizar os atos do Poder Executivo.
Além disso, a Constituição Federal prevê como competência privativa do Senado: processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, os que ocupam os cargos de presidente e vice-presidente, os ministros de Estado e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o advogado-geral da União.
O mandato de senador ou senadora tem duração de oito anos — e não quatro, como outros cargos eletivos, como de presidente da República ou governador. Por isso, é comum que ocupantes do cargo participem de outras disputas em anos em que não necessitem renovar o mandato.
A garantia do cargo funciona como um incentivo no meio político para que esses parlamentares busquem novas posições ou para que trabalhem na construção de suas imagens para disputas futuras, com o aproveitamento de recursos como do fundo eleitoral e sem riscos de perda de posição.
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