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A polarização política no plano nacional, protagonizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), deve ser componente presente nas eleições municipais de outubro deste ano, mas terá impacto limitado sobre o resultado das disputas pelas prefeituras país afora.
É o que esperam analistas políticos consultados pela 52ª edição do Barômetro do Poder, levantamento feito mensalmente pelo InfoMoney com consultorias e analistas independentes sobre alguns dos principais temas em discussão na política nacional.
O estudo, realizado entre os dias 17 e 22 de janeiro, mostra que 36% dos especialistas consultados acreditam que será alto o impacto do debate político nacional sobre as eleições para prefeito − mesmo percentual daqueles que esperam uma influência moderada. Outros 27% apostam em impacto baixo.
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Considerando uma escala de 1 (muito baixo) a 5 (muito alto), a média das respostas dos analistas políticos para o peso da polarização no plano nacional sobre as disputas locais ficou em 3,09 − um pouco acima do meio do caminho.
Antes do início do período de campanha e ainda faltando 255 dias para o primeiro turno, tanto Lula quando Bolsonaro desenham estratégias para as eleições municipais. Em algumas capitais, especialistas esperam um nível de contaminação maior do debate nacional − casos de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG).
Até o momento, o movimento mais expressivo da batalha nacional sobre as eleições municipais foi a articulação que envolveu a saída de da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy da Secretaria das Relações Internacionais da gestão de Ricardo Nunes (MDB) para se filiar ao PT e compor a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) − costura de Lula que foi vista com alto impacto sobre a disputa pela capital mais populosa do país.
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Apesar do esperado envolvimento de Lula e Bolsonaro nos pleitos locais, o Barômetro do Poder mostra que os analistas políticos são céticos quanto ao impacto das eleições municipais sobre a disputa presidencial de 2026.
De acordo com o levantamento, apenas 18% dos entrevistados consideram alta essa influência − contra 36% que pensam o contrário e 45% que atribuem peso moderado. Em uma escala de 1 (muito baixo) a 5 (muito alto), a média das respostas para esse impacto ficou em 2,73.
Esta edição do Barômetro do Poder ouviu 7 consultorias políticas – Ágora Assuntos Políticos; Control Risks; Eurasia Group; Medley Global Advisors; Prospectiva Consultoria; Tendências Consultoria Integrada; e Warren Rena – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe); Carlos Melo (Insper); Rogério Schmitt (Espaço Democrático) e Thomas Traumann (Traumann Consultoria).
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Conforme combinado previamente com os participantes, os resultados são divulgados apenas de forma agregada, sendo mantido o anonimato das respostas.
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