Eleições 2024: Girão anuncia que disputará prefeitura de Fortaleza sem deixar Senado

Ao contrário do que ocorre com políticos que ocupam cargos no Poder Executivo, no caso dos parlamentares não é necessário se desincompatibilizar do atual mandato para disputar as eleições

Equipe InfoMoney

Eduardo Girão, senador pelo Partido Novo do Ceará (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Eduardo Girão, senador pelo Partido Novo do Ceará (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

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Em pronunciamento, na segunda-feira (5), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) anunciou oficialmente sua candidatura à prefeitura de Fortaleza (CE).

O parlamentar destacou a importância desse passo, resultado de “intensa reflexão sobre o papel do Senado e o atual estado da democracia brasileira”, que ele considera estar “em frangalhos”.

Girão ressaltou a transparência e a integridade como pilares de sua campanha e lembrou que, em sua primeira candidatura ao Senado, fez um compromisso público com os eleitores e se esforçou para cumprir todas as promessas.

“Protocolei o nosso plano de governo [à prefeitura], não apenas aquele oficial, que tem que se fazer junto às autoridades competentes, mas em cartório, como eu fiz na época em que estava disputando a campanha para o Senado, a minha primeira disputa. Então, durante 60 dias, vou me equilibrar entre o Senado, cumprindo as tarefas aqui, sem faltar, e também colocando minhas ideias para um povo sofrido, de fibra, de valor, mas que está sendo humilhado hoje pelos que só pensam no poder pelo poder”, anunciou.

O parlamentar ainda enfatizou a importância do Partido Novo em sua trajetória e a influência positiva que a legenda tem demonstrado em administrações anteriores, como em Joinville (SC) e no governo de Minas Gerais.

“Sempre deixei claro aqui, mesmo estando em outro partido, que admirava o Novo pela sua coerência entre o pensar, o falar e o agir. É um partido que não tem ninguém envolvido com problema de corrupção, um partido que dá o exemplo no dia a dia, com seus mandatários (sou um deles) economizando dinheiro público aos montes. Só neste mandato, já foram mais de R$ 10 milhões, em quase 6 anos, de economias que fiz, com verba de gabinete, com uma série de mordomias. E tem projeto meu, só que não querem votar, para que esse dinheiro economizado pelo parlamentar seja destinado à saúde e à educação no município”, afirmou.

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O senador lembrou sua atuação em Fortaleza e ressaltou seu histórico de contribuição à cidade por meio de ONGs e projetos culturais, além de presidir o Fortaleza Esporte Clube.

“Todas essas experiências foram muito importantes na minha vida, sempre na área da gestão, desde pequenininho, junto com o meu pai, trabalhando, nas férias eu ia trabalhar, sempre buscando aprimorar gestão, facilitar, desburocratizar, simplificar, gerar emprego, gerar renda. Por que eu não vou colocar meu nome à disposição, se é exatamente disso que as pessoas estão precisando hoje?”, indagou.

“Quero também colocar que esses quase 6 anos de mandato no Senado Federal foram fundamentais para o meu amadurecimento na capacidade de articulação política, para alcançar as mais elevadas metas em benefício da população”, concluiu Girão.

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O que diz a legislação eleitoral

Ao contrário do que ocorre com políticos que ocupam cargos no Poder Executivo, no caso dos parlamentares (deputados estaduais, federais, distritais, senadores ou vereadores), não é necessário se desincompatibilizar do atual mandato para disputar as eleições. 

De acordo com a legislação eleitoral, a única restrição acontece quando, nos 6 meses anteriores ao pleito, um parlamentar assumir um cargo no Executivo. Ou seja, se um prefeito e seu vice pedirem licença de seus cargos simultaneamente, o presidente da Câmara Municipal não poderá assumir ou ficará impedido de concorrer às eleições. 

(Com Agência Senado)