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SÃO PAULO – Depois do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que cumpre quarentena em Nova York, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta sexta-feira (24) em uma rede social que contraiu a Covid-19. O parlamentar também integrou a comitiva do governo que participou nesta semana da 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Além deles, também informaram ter testado positivo para a doença a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco. Os dois, porém, não viajaram com o presidente para os Estados Unidos.
O AGU compareceu, na quinta-feira (23), à cerimônia de recondução de Augusto Aras no comando da Procuradoria Geral da República (PGR), realizada no Palácio do Planalto.
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Bolsonaro participou do evento por videoconferência, já que cumpre isolamento no Palácio da Alvorada por ter tido contato com Queiroga, seguindo recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a todo o grupo que esteve nos EUA. Membros da comitiva protagonizaram cenas de aglomeração e, em diversas situações, não utilizaram máscaras.
Além de Eduardo Bolsonaro e Marcelo Queiroga, um funcionário do cerimonial da Presidência da República já havia recebido diagnóstico no sábado (18) – um dia antes de o mandatário chegar ao país para o evento da Organização das Nações Unidas (ONU).
Pelas redes sociais, Tereza Cristina informou que passa bem, mas cancelou todos os compromissos presenciais e disse que permanecerá em isolamento durante o período de orientação médica.
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Segundo a agenda oficial, a ministra participou de jantar com o embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, na terça-feira (21). No dia seguinte, esteve com a senadora Kátia Abreu (PP-TO) e com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas – que não usava máscara no momento de um registro publicado nas redes sociais.
Pelo Twitter, Eduardo Bolsonaro disse não acreditar que a vacina é “inútil”, mas sua infecção “é mais um argumento conta o passaporte sanitário”. “Estudos sobre efeitos colaterais e eficácia estão ocorrendo agora”, afirmou.
O parlamentar disse ter tomado apenas a primeira dose do imunizante produzido pela Pfizer. Mas o resultado máximo de eficácia da vacina é obtida apenas após duas semanas da segunda dose. Mesmo assim, há chances de contaminação – embora o risco de evolução para caso grave diminui de forma significativa.
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Somando os diagnósticos divulgados nesta sexta-feira, 18 ministros de Bolsonaro foram infectados pela Covid-19 – incluindo aqueles que hoje não ocupam mais cargos no Poder Executivo, mas que contraíram a doença enquanto comandavam pastas do governo.
O presidente Jair Bolsonaro deverá realizar um novo teste RT-PCR no fim de semana. Caso não seja detectada a presença do vírus Sars-CoV-2, ele deverá sair do isolamento e retomar suas atividades.