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O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) anunciou na noite de terça-feira (22) que desistiu de ocupar o cargo de embaixador em Washington. O anúncio foi feito em pronunciamento no plenário da Câmara, durante a aprovação do acordo entre o Brasil e os Estados Unidos para o uso comercial da base de Alcântara (MA). O filho do presidente Jair Bolsonaro e atual líder do PSL, Eduardo afirmou que “fica” no País para defender a pauta conservadora e o governo do pai.
“Esse aqui que vos fala, filho de militar do Exército brasileiro e deputado federal, que foi zombado por ter, aos 20 anos de idade, um trabalho digno e honesto em restaurante fast-food nos Estados Unidos, diz que fica no Brasil para defender os princípios conservadores, para fazer o tsunami que foi a eleição de 2018, uma onda permanente. Assim, me comprometo a caminhar por São Paulo, pelo Brasil e pelo povo”, disse o deputado.
A decisão de Eduardo já era esperada por auxiliares de Bolsonaro, que afirmavam que, apesar da peregrinação que fez junto aos senadores, o parlamentar não conseguiu apoios suficientes para ser aprovado para o cargo – o que poderia levar a uma derrota emblemática para o governo.
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O movimento do presidente para colocar o filho na liderança do PSL, na semana passada, também ajudou a inviabilizar a possibilidade do deputado de assumir a Embaixada Brasileira em Washington. “A liderança ainda está instável, mas, a princípio, só (fico) até o final do ano”, afirmou o deputado.
De acordo com Eduardo, a rejeição do eleitorado à saída dele da Câmara também pesou na decisão. “A gente escuta conselhos, e confesso que ainda tem o meu eleitorado. Confesso, não era a maioria que estava apoiando”, afirmou.
Ontem de manhã, o presidente disse preferir que Eduardo permanecesse no País para tentar “pacificar o PSL”. Bolsonaro ainda ressaltou que o embaixador Nestor Forster é um “bom nome” para a embaixada do Brasil em Washington, onde já atua como encarregado de negócios.
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(Com Agência Estado e Ansa Brasil)