Dominguetti confirma à CPI acusação que ex-servidor pediu propina de US$ 1 por dose de vacina

Representante da empresa Davati Medical Supply, Dominguetti disse que foi oferecido ao ministério a venda de cada dose por US$ 3,50

Reuters

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado Federal (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado Federal (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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BRASÍLIA (Reuters) – Apontado como revendedor de vacinas, Luiz Paulo Dominguetti confirmou nesta quinta-feira à CPI da Covid do Senado que o então diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, pediu-lhe propina no valor de 1 dólar por dose para acertar a aquisição pela pasta de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra Covid-19.

Representante da empresa Davati Medical Supply, Dominguetti disse que foi oferecido ao ministério a venda de cada dose por 3,50 dólares. Contudo, Dias cobrou-lhe um adicional de um dólar para cada dose.

“Pedido dessa majoração foi exclusivamente do senhor Roberto Dias”, afirmou ele à CPI.

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“Nunca se buscou uma facilidade por parte dele. Essa facilidade não ocorreu porque ele sempre colocou o entrave no sentido de que, se não se majorasse a vacina, não teria aquisição por parte do ministério”, reforçou.

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O representante da empresa confirmou à CPI o relato que fez em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Roberto Dias foi exonerado do cargo logo após a revelação do jornal.

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Dominguetti, que é cabo da ativa da Polícia Militar de Minas Gerais e disse atuar como representante para complementar renda, afirmou que recusou a oferta e depois deixou o encontro que tiveram, num restaurante localizado em um shopping em Brasília, onde o pedido de pagamento de propina teria sido feito.

Ele também disse não saber quantas doses da vacina da AstraZeneca contra Covid-19 a Davati possuía, alegando que essas informações eram confidenciais e pertencentes à empresa que afirma representar.

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