Diretor da Conab responsável por leilão de arroz anulado é destituído

A diretoria de operações liderada por Thiago Santos era a responsável pela operação e pelo edital do leilão de compra pública de arroz importado anulado pelo governo federal após suspeitas de irregularidades

Estadão Conteúdo

Publicidade

O Conselho de Administração da Companhia Nacional de Abastecimento (Consad) confirmou em resolução publicada no site da companhia a destituição do diretor executivo de Operações e Abastecimento, Thiago José dos Santos. A decisão foi deliberada por unanimidade em reunião extraordinária do colegiado realizada nesta terça-feira, conforme mostrou o Broadcast Agro. A diretoria de operações liderada por Santos era a responsável pela operação e pelo edital do leilão de compra pública de arroz importado anulado pelo governo federal após suspeitas de irregularidades.

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita 

O despacho do Consad é assinado pela presidente do colegiado, Iracema Ferreira de Moura, e entra em vigor a partir de hoje. O colegiado é responsável pelas deliberações quanto à diretoria executiva da empresa pública. A destituição de Santos do cargo deve ser publicada no Diário Oficial da União. O pedido de saída do diretor foi feito ao colegiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que compartilha a gestão da Conab com o Ministério da Agricultura.

Continua depois da publicidade

O afastamento de Santos era aconselhado pela Casa Civil e por órgãos de controle do governo e cobrado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), após apontadas “inconsistências” no edital de sua responsabilidade. Santos é ligado a um dos empresários que intermediaram o maior volume de lotes arrematados no leilão anulado, Robson Luiz de Almeida França, presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e sócio proprietário da Foco Corretora. A Controladoria Geral da União (CGU) apura suspeitas de conflito de interesse, tráfico de influência e favorecimento no leilão.

Procurado pela reportagem, Santos não se manifestou até o momento desta publicação.