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SÃO PAULO – O ex-ministro José Dirceu, preso desde agosto de 2015, tem feito análises sobre o cenário político aos que o visitaram na cadeia recentemente, segundo informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Segundo a coluna, ele disse a aliados que o PT vem ignorando o risco de o ex-presidente Lula ser preso. Ele considera esse cenário provável, especialmente agora, com as delações do publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura. Para Dirceu, Lula e Dilma Rousseff são os principais alvos da colaboração. Assim, ele avalia que as delações podem levar Lula e Dilma para a prisão.
Desta forma, diz a coluna, Dirceu disse a mais de um interlocutor que o PT deveria preparar, desde já, junto a movimentos sociais e grupos da sociedade civil, grandes manifestações de rua para fazer frente a qualquer investida da Justiça contra o ex-presidente.
João Santana e Mônica Moura foram responsáveis pelo marketing da campanha presidencial de Dilma Rousseff nas eleições de 2010 e 2014. Na última terça-feira (4), o plenário do TSE acolheu um pedido do Ministério Público Eleitoral para que eles fossem ouvidos na ação de investigação eleitoral contra a chapa Dilma-Temer.
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No mesmo dia, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou acordo de delação premiada firmado por João Santana e Mônica Moura após negociação com o Ministério Público Federal (MPF).
João Santana e Mônica Moura foram condenados, em fevereiro, pelo juiz federal Sérgio Moro, a oito anos e quatro meses de prisão no âmbito da Lava Jato, acusados de ter recebido US$ 4,5 milhões em um conta de empresas offshores na Suíça. Empresas offshore têm sede e serviços administrativos e de contabilidade em um país distinto daquele em que desenvolve suas atividades. Segundo as investigações, o dinheiro é proveniente do esquema de corrupção na Petrobras.
(Com Agência Brasil)
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