Publicidade
SÃO PAULO – A onze dias de encerrar seu primeiro ano de mandato, o presidente Jair Bolsonaro conta com pouco menos de 1/3 de avaliações positivas sobre a sua administração e enfrenta uma alta na ala dos insatisfeitos com a gestão. É o que mostra a nova edição da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira (20).
Segundo o levantamento, 29% da população considera a atual gestão como ótima ou boa, enquanto 38% avaliam o governo como ruim ou péssimo. Em setembro, as avaliações positivas somavam 31%, ao passo que as negativas, 34%. Já o grupo de eleitores que avaliam o governo Bolsonaro como regular oscilaram de 32% para 31% no período.
Os números mostram uma piora no desempenho do presidente, ainda que com variações dentro do limite da margem de erro, a despeito dos resultados recentes da economia. O PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre cresceu 0,4% ante os três meses anteriores, ante expectativas de alta de 0,2%, de acordo com o consenso dos analistas consultados pela Bloomberg.
Continua depois da publicidade
A pesquisa CNI/Ibope entrevistou 2 mil pessoas, em 127 municípios, entre 5 e 8 de dezembro. A margem máxima de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. O intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que, se o levantamento fosse feito mais de uma vez, sob as mesmas condições e no mesmo período, esta seria a chance de o resultado se repetir, dentro do limite da margem de erro.
De acordo com o levantamento, quando questionados sobre a maneira de governar do presidente Jair Bolsonaro, 41% dizem aprová-la, enquanto 53% disseram que desaprovam. O índice de confiança no presidente também é de 41% dos brasileiros e os que afirmam não confiar nele é de 56%.
O resultado mostra um contraste entre a percepção da população e a do empresariado sobre a atual administração. Uma pesquisa divulgada pela mesma CNI nove dias atrás mostrou que, empresários industriais, a avaliação do governo é mais positiva: 65% dos entrevistados disseram confiar no presidente Bolsonaro e 64% disseram aprovar sua maneira de governar.
Continua depois da publicidade
“A diferença na avaliação do governo entre empresários e a população em geral pode ser explicada pela diferença na percepção das condições econômicas. Os empresários já percebem a retomada do crescimento (inflação e juros baixos, consumo voltando a crescer), enquanto a população ainda vê o país com alto desemprego e renda baixa”, diz Renato da Fonseca, gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI.