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O fraco desempenho do PT nas urnas durante as eleições municipais acelerou a disputa interna pela presidência do partido. Colaboradores diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendem a antecipação da saída de Gleisi Hoffmann, atual presidente da sigla, mas a deputada descarta essa possibilidade, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
Em dezembro de 2022, após ter sido eleito presidente, Lula disse a aliados que Gleisi seguiria à frente do partido para era evitar que uma disputa fosse deflagrada no primeiro ano de seu governo, prejudicando os preparativos para a corrida municipal.
De acordo com fontes ouvidos pelo jornal, a possibilidade de Gleisi deixar a presidência do PT no início do próximo ano foi citada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante uma reunião dos dois com Lula.
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Enquanto uma ala da CNB (Construindo um Novo Brasil) preconiza a renovação da direção do partido —tendo à frente o prefeito de Araraquara, Edinho Silva—, outra responsabiliza ministros de Lula pelo resultado do PT nas urnas.
Segundo a reportagem, Gleisi lembra que não há como antecipar a eleição interna e diz que pretende conduzir o processo.
A presidente do PT tem demonstrado apoio a candidatura de um nome do Nordeste, em um gesto visto como uma prova de resistência ao nome de Edinho, que é o preferido de Lula para a vaga.
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Edinho foi Ministro do governo Dilma e atuou na coordenação de campanha do presidente em 2022. A derrota em Araraquara (SP), cidade da qual é prefeito, tem sido usada para debilitar sua candidatura.
A sigla tinha expectativa de vencer na cidade com a ex-secretária da Saúde Eliana Honain, apadrinhada de Edinho, mas foi derrotada por Luis Claudio Lapena Barreto, o Dr. Lapena, do PL.
Nesse contexto, integrantes do PT afirmam ser necessário que um representante do Nordeste seja alçado ao posto, já que a região foi a responsável pela vitória ao petista na última eleição à Presidência.
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Diante disso, o nome do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), é visto com bons olhos. No entanto, ele já disse que tem um acordo com a cúpula do partido e lideranças do Ceará para tentar o Senado em 2026, o que impossibilitaria ser presidente da sigla.