Deputado propõe criminalizar ataques religiosos nas redes após críticas a Frei Gilson

Projeto de lei apresentado por Paulo Bilynskyj visa punir ataques contra líderes religiosos e fiéis nas redes sociais

Marina Verenicz

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O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL) apresentou, nesta terça-feira (11), um projeto de lei que visa criminalizar os ataques contra líderes religiosos nas redes sociais, em resposta a uma onda de críticas direcionadas ao sacerdote da Igreja Católica Frei Gilson.

O PL 885 de 2025 propõe uma pena de reclusão de 6 meses a 2 anos e multa para quem “promover, organizar ou realizar ataques em massa contra líderes religiosos ou fiéis, por meio das redes sociais, com o objetivo de incitar ódio, intolerância e violência”.

A proposta surgiu após a polêmica envolvendo Frei Gilson, que viralizou nas redes sociais no Dia Internacional da Mulher (8), quando o religioso fez uma declaração considerada machista, dizendo que a fraqueza das mulheres era querer “sempre mais”.

“Essa é a fraqueza da mulher. Ela sempre querer mais. ‘Eu não me contento só em ter as qualidades de uma mulher. Eu quero mais’. E isso é a ideologia dos mundos atuais. Vou até usar a palavra que vocês já escutaram muito: empoderamento. ‘Eu quero mais’. É claro ver que Deus deu ao homem a liderança”, afirmou Frei Gilson.

Frei Gilson, conhecido por suas transmissões ao vivo de orações diárias, atrai milhões de seguidores. Com 7,8 milhões de seguidores no Instagram, o líder religioso tem se destacado como um dos maiores influenciadores cristãos no Brasil. Sua live mais recente, realizada no início da quaresma, atingiu mais de um milhão de espectadores.

A reação às suas declarações gerou um intenso debate nas redes sociais, especialmente entre seus apoiadores e críticos. O religioso, que tem forte ligação com a extrema-direita, é apoiado por figuras como o deputado Nikolas Ferreira (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que também compartilhou imagens de Frei Gilson elogiando sua influência.

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Além de suas pregações, Frei Gilson promove eventos, como o “Desperta Brasil”, um festival de dois dias programado para Brasília, com a expectativa de reunir 70 mil pessoas. O evento, que cobra ingressos de R$ 70, busca “despertar” uma grande multidão de adoradores.