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SÃO PAULO – Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o lobista Fernando Moura declarou que Furnas era uma estatal controlada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). O indicado para a diretoria, Dimas Toledo, foi escolhido por ele e aceito pelo governo Lula em 2002.
De acordo com ele, o senador dividiria propina na energética Furnas com os diretórios nacional e paulista do PT, na cota de um terço para cada um. Moura é apontado como elo entre José Dirceu na área de serviços da Petrobras.
“Ele [Dirceu] me chamou e falou: ‘qual é a sua relação com o Dimas Toledo? ‘. Eu falei, estive com ele três vezes, achei ele competente, um cara profissional. Ele [Dirceu] falou ‘porque esse foi o único cargo que o Aécio pediu para o Lula. Então você vá lá conversar com o Dimas e diga para ele que a gente vai apoiar a indicação dele”, disse Moura.
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Moura disse que procurou Dimas Toledo e que o diretor teria afirmado que o esquema em Furnas de propina reproduzia o da Petrobras. “Dimas (…) me colocou da mesma forma que eu coloquei o caso da Petrobras, em Furnas era igual. Ele falou: ‘ó, vocês nem precisam aparecer aqui. Vocês vão ficar um terço em São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio”.
O PSDB afirmou que “esta declaração requentada e absurda repete uma vez mais a velha tentativa de vincular o PSDB aos crimes cometidos no governo petista”, que Aécio não conhece o lobista e que ele “tomará todas as providências cabíveis para desmontar mais essa sórdida tentativa de ligar lideranças da oposição aos escândalos investigados pela Operação Lava-Jato”.
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