Haddad diz que meta contínua de inflação foi negociada com BC e confirma alvo de 3%

Em declaração à imprensa após reunião do CMN, ministro da Fazenda afirmou que o decreto desobriga o colegiado a fixar novas metas de inflação com frequência

Reuters

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Susana Vera)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Susana Vera)

Publicidade

BRASÍLIA (Reuters) – Os termos do decreto que institui a meta contínua de inflação foram negociados com toda a área econômica, incluindo o Banco Central, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em declaração à imprensa após reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), Haddad afirmou que o decreto desobriga o colegiado a fixar novas metas de inflação com frequência.

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

Continua depois da publicidade

Haddad ainda disse não ver sinal de apreensão em relação ao compromisso do governo e do BC em relação ao cumprimento das metas, ressaltando que não foi debatido fixar um alvo que não seja de 3%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou nesta quarta-feira decreto que formaliza a adoção de uma meta contínua de inflação a partir de 2025, prevendo que o Banco Central deverá se explicar ao governo se o alvo for descumprido por seis meses consecutivos.

Na entrevista, o ministro disse que o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, esteve em reunião com Lula nesta semana para esclarecer pontos do decreto, tendo sido autorizado pelo presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Continua depois da publicidade

Para o ministro, a grande vantagem do sistema de meta contínua é que caberá ao BC oferecer um plano de trabalho para colocar a inflação dentro da banda da meta.

Em relação ao quadro fiscal, Haddad disse que “possivelmente” 2024 terá o melhor resultado primário em 10 anos.