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O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo (SP), José Luiz Datena, reconheceu as dificuldades que sua campanha vem enfrentando neste momento, em meio à queda nas últimas pesquisas de intenção de voto e a uma disputa acirrada para tentar uma vaga no segundo turno.
Ao participar de sabatina promovida pela GloboNews, na noite de quinta-feira (29), o tucano admitiu que seu plano, ao entrar na política, sempre foi o de se candidatar ao Senado pelo estado de São Paulo. Mas disse que acabou aceitando o convite do PSDB para concorrer à prefeitura da capital.
“Escolhi a eleição errada”, afirmou Datena. “Nas outras [eleições], eu estava com 25%, 30% já de saída”, destacou o jornalista.
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Em eleições anteriores, para diversos cargos, Datena chegou a afirmar que seria candidato, mas acabou desistindo na última hora. Em 2020, ele esteve muito próximo de ser companheiro de chapa de Bruno Covas (PSDB), que buscava renovar o mandato. Então filiado ao MDB, ele teve uma série de conversas com Covas, que se animava com a possibilidade de ter o apresentador como vice.
Na reta final, Datena recuou mais uma vez, alegando que a TV Bandeirantes havia lhe pedido para permanecer na emissora. O jornalista já passou por 11 partidos em sua trajetória política. Além do PSDB, Datena já fez parte de PT, PP, PRP, DEM, MDB, PSL, PSD, União Brasil, PSC e PSB.
“Ninguém sabe quem vai ganhar essa eleição. Estou sentindo que a única grande chance que eu tenho é com o povo. Estou sentindo o carinho do público”, disse Datena, na entrevista.
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De acordo com a pesquisa da Quaest, divulgada nesta semana, o candidato do PSDB aparece com 12% das intenções de voto, distante do pelotão de frente, formado por Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) – que estão tecnicamente empatados.
Em relação ao último levantamento do instituto, em julho, Datena recuou 7 pontos percentuais (ele tinha 19%).
Na sabatina, o apresentador brincou com o fato de praticamente não ter recebido ligações de aliados após a divulgação da pesquisa que mostrou sua queda.
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“Quando eu estava em primeiro lugar nas pesquisas, soltei rojões. Agora que caí, quase ninguém me ligou”, afirmou Datena, agradecendo ao deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e ao presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, por terem ligado.
Segurança pública
Na sabatina, Datena disse que uma das grandes prioridades de seu eventual governo será a segurança pública – apesar de esta ser, em princípio, uma atribuição dos estados. O tucano criticou a atuação do governo do prefeito Ricardo Nunes e insinuou que a gestão municipal é leniente com o crime organizado.
“Prefiro pedir um cheque em branco para que o povo confie em mim do que sumir com o dinheiro da prefeitura. Não vou apresentar propostas baseadas em números porque o plano de governo é muito mutável”, afirmou Datena.
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O candidato do PSDB também criticou as propostas de Guilherme Boulos para a Guarda Civil Metropolitana (GCM) – mas disse que, se o orçamento permitir, pretende dobrar o contingente da corporação (mesma ideia apresentada pelo adversário) “Cracolândia não é o prefeito que vai resolver”, afirmou Datena.