Datafolha em SP: Nunes lidera no 2º turno com 55%; Boulos tem 33%

Levantamento mostra Nunes em vantagem mais elástica do que Bruno Covas teve sobre o adversário em 2020

Marcos Mortari

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo (Foto: reprodução YouTube)
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo (Foto: reprodução YouTube)

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A primeira pesquisa Datafolha após o primeiro turno, divulgada nesta quinta-feira (10), mostra o prefeito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), à frente do deputado Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pelo comando do maior colégio eleitoral do País.

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 8 e 9 de outubro, no cenário estimulado (ou seja, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores) de segundo turno, Nunes tem 55% das intenções de voto totais, enquanto Boulos aparece com 33%. Outros 10% indicaram que votariam em branco ou nulo, enquanto 2% não responderam.

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A pesquisa, encomendada pela TV Globo e o jornal Folha de S.Paulo, também mostrou que, entre os eleitores que dizem ter votado no empresário Pablo Marçal (PRTB) no último domingo (6), 84% declaram voto em Nunes no segundo turno, enquanto apenas 4% escolhem Boulos. Já entre aqueles que apoiaram Tabata Amaral (PSB), metade indica preferência em Boulos, ao passo que Nunes fica com 35%.

Considerando apenas os votos válidos (ou seja, excluindo indicações de voto em branco ou nulo), o atual prefeito, que tenta a reeleição, teria apoio de 63% se o segundo turno fosse hoje, contra 38% do parlamentar.

Entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu antecessor e adversário, Jair Bolsonaro (PL), Nunes fica com 31% e 85%, respectivamente. Já Boulos conta com fatias de 63% e 4%, na mesma ordem.

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O levantamento indica um cenário ainda mais desafiador para Boulos do que aquele enfrentado em 2020, quando saiu derrotado na disputa contra Bruno Covas (PSDB), cujo vice era Ricardo Nunes. Naquela época, na primeira pesquisa divulgada após o primeiro turno, o parlamentar tinha 35% das intenções de voto (2 p.p. a mais do que agora). Já o tucano havia aparecido com 48% (7 p.p. a menos do que hoje pontua Nunes).

No cenário espontâneo (ou seja, quando os nomes dos candidatos não são apresentados pelos entrevistadores aos eleitores), Nunes tem 41%, enquanto Boulos tem 29%. Outros 2% dizem que votariam “no 15” (número do MDB, sigla do incumbente), mesmo percentual daqueles que responderam que votariam “no atual”. Já os “não votos” representam 22% da amostra.

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O Datafolha também testou a rejeição aos dois candidatos − outro indicador acompanhado por lupa pelas campanhas neste momento da disputa. Neste caso, 37% dos entrevistados disseram que não votariam em Nunes de jeito nenhum. Ao passo que 58% fizeram a mesma afirmação em relação a Boulos.

Como foi feita a pesquisa?

O Datafolha ouviu 1.204 pessoas acima de 16 anos em São Paulo (SP) por meio de entrevistas pessoais. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o protocolo SP-04306/2024.

O intervalo de confiança do levantamento é de 95% o que significa que, se a pesquisa tivesse sido feita mais de uma vez sob as mesmas condições gerais e de período de coleta, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro do limite da margem, que foi estimada em 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.