CPI da Pandemia retoma oitiva com Pazuello; acompanhe

Sessão foi suspensa ontem com 23 parlamentares inscritos; ex-ministro da Saúde é testemunha mais aguardada pelos senadores

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia retoma, nesta quinta-feira (20), oitiva com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A sessão está marcada para as 9h30 (horário de Brasília). Acompanhe ao vivo pelo vídeo acima.

Ontem (19), o general falou por pouco mais de sete horas até que a reunião fosse suspensa pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM), por conta do início da ordem do dia no Plenário.

Há 23 senadores ainda inscritos para fazer questionamentos ao depoente.

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O senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, contou que Pazuello passou mal no intervalo da sessão e foi atendido por ele. Segundo o parlamentar, o general teve uma síndrome vasovagal, estava com o rosto “muito pálido”, mas logo se recuperou após um simples procedimento de posição para reativar a circulação regular no corpo.

Ao deixar a casa legislativa, Pazuello negou a informação, que foi replicada pelas redes oficiais do próprio Senado Federal.

Com a retomada do depoimento hoje, a CPI transferiu para a próxima terça-feira (25) o depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro – conhecida como “capitã cloroquina”.

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Durante a primeira parte de seu depoimento, Pazuello buscou blindar Bolsonaro ao afastá-lo de qualquer decisão contestada envolvendo o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, seja em relação ao uso de cloroquina no tratamento de pacientes acometidos pela doença, seja em posicionamentos envolvendo a aquisição de vacinas.

Veja os destaques da fala de Pazuello.

Diferentemente de outros convocados para depor, o militar conquistou o direito de permanecer em silêncio sempre que entender que as perguntas podem levá-lo ao risco de produzir provas contra si. A decisão foi concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido de habeas corpus apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU).

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Logo no início da oitiva, porém, Pazuello indicou que não usaria do direito. “Eu vou responder a todas as perguntas – todas, sem exceção. Eu vim com bastante conteúdo e eu pretendo deixar claro à população brasileira e a todos os senhores todos os fatos e todas as verdades que aconteceram sob a minha gestão”, disse.

Pazuello é a oitava testemunha ouvida pela comissão parlamentar de inquérito, criada para investigar ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e desvio de verbas federais enviadas a estados e municípios.

Antes dele, o colegiado já recebeu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich; o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga; o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres; o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten; o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo; e o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo.