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RIO DE JANEIRO (Reuters) – O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que participou do gabinete de transição para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira que os senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi escolhido por Lula para presidir a Petrobras e que o também senador Alexandre Silveira (PSD-MG) chefiará o Ministério de Minas e Energia.
“Com base no diagnóstico, nos alertas, recomendações e informações que o GT (grupo de trabalho da transição sobre Minas e Energia) disponibilizou para o presidente eleito, durante esta complexa transição, ele definiu o nome do companheiro e senador Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras e do senador Alexandre Silveira para o Ministério de Minas e Energia”, escreveu Bacelar em publicação no Instagram.
A declaração de Bacelar vem após Lula ter revelado nesta quinta-feira em um evento em Brasília o nome de 16 ministros. Na ocasião, o presidente eleito não comentou sobre o futuro comando do Ministério de Minas e Energia nem sobre a presidência da Petrobras.
Procurado, o gabinete de transição não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as declarações do coordenador geral da FUP. A assessoria de Prates não tinha uma posição de imediato sobre a notícia.
A Petrobras também não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.
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O mandato do atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, vai até abril de 2023. Ainda não se sabe se ele poderá renunciar antes. Andrade aceitou um convite do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para compor o governo paulista no próximo ano.
Prates, que também integrou equipe de transição de Lula, já havia sido citado nos bastidores como potencial candidato ao comando da Petrobras. Ele foi consultado por Lula diversas vezes durante a campanha para o levantamento de informações ligadas ao setor de petróleo.
A indicação de Prates, no entanto, poderia encontrar em um primeiro momento barreiras na Lei das Estatais e também em estatuto da Petrobras, em regras que buscam afastar a presença de políticos em cargos estratégicos da companhia.