Publicidade
Na entrevista coletiva desta quarta-feira (6), ao chegar ao Ministério da Fazenda, o ministro Fernando Haddad (PT) também falou sobre as medidas de corte de gastos que estão sendo discutidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e devem ser anunciadas até o fim desta semana.
Segundo o chefe da equipe econômica, a fase de conversas com outros ministros do primeiro escalão do governo já está concluída. Agora, a próxima etapa é dar uma “devolutiva” a Lula sobre o que foi discutido – e, a partir daí, caberá ao presidente da República encaminhar o anúncio.
“Acredito que ontem [terça-feira] nós tenhamos terminado a rodada de reuniões pedida pelo presidente Lula com os ministros das pastas. O dia de ontem foi muito bom. Penso que concluímos todas as conversas”, disse Haddad.
Continua depois da publicidade
“Vamos dar uma devolutiva para ele [Lula] assim que ele for informado de que o trabalho da Casa Civil, da Fazenda e do Planejamento está concluído. Vamos dar uma devolutiva das impressões recebidas”, explicou o ministro.
Segundo Haddad, “os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente, de reforço do arcabouço fiscal, da previsibilidade e da sustentabilidade das finanças no médio e longo e longo prazo”.
“Penso que há um consenso em torno do princípio. A partir dessa devolutiva, o presidente encaminha o endereçamento para o Congresso”, afirmou.
Continua depois da publicidade
Ainda de acordo com o ministro da Fazenda, Lula ou o próprio Haddad devem conversar sobre as medidas com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As mudanças devem ser encaminhadas ao Legislativo por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
“Possivelmente, vai pedir para conversar com os presidentes das duas Casas. Ontem mesmo eu falei com o presidente Lira sobre outros temas, inclusive a votação da lei do contrato de seguros, que foi ontem”, detalhou.
Na última segunda-feira (4), também em conversa com repórteres, Haddad havia afirmado, após uma reunião com Lula, que o governo estava “na reta final” para anunciar as medidas de corte de gastos.