Com Lira e Pacheco, Lula exalta parceria com Congresso: “Democracia em sua plenitude”

Em um momento em que o Congresso está esvaziado, às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, governo tem pautas importantes pendentes no Parlamento, como a regulamentação da reforma tributária

Fábio Matos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao lado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao lado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afagou o Congresso Nacional, nesta quarta-feira (25), durante uma entrevista coletiva na qual esteve acompanhado pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Lula conversou com os jornalistas após cumprir uma série de compromissos e agendas bilaterais paralelos à Assembleia Geral das Nações Unidas – como a reunião de ministros das Relações Exteriores dos países do G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana).

Lira e Pacheco, que estão em fim de mandato à frente das duas Casas Legislativas – só ficam nas presidências até fevereiro de 2025 –, permaneceram sentados na mesa ao lado do púlpito no qual Lula respondia às perguntas dos repórteres.

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Em um momento em que o Congresso está esvaziado, às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, o governo tem pautas importantes pendentes no Parlamento. Uma das prioridades é a aprovação da regulamentação da reforma tributária, que Lula espera que ocorra até o fim do ano.

“Mais uma vez, eu pude contar com a presença dos presidentes do Senado e da Câmara, que fiz questão de convidar. É muito importante passar a imagem, para o mundo e para o Brasil, de que no Brasil a gente consegue exercer a democracia em sua plenitude, mesmo em situações adversas”, afirmou Lula.

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Segundo o chefe do Executivo federal, “o Congresso tem contribuído para a gente votar todas as coisas de interesse do Brasil”.

“Política é exatamente isso, é a arte da convivência democrática entre opostos, entre contrários. É isso que dá dinamismo à democracia”, completou.

Extremismo

Lula aproveitou a fala sobre a parceria com o Congresso Nacional para criticar o que chamou de “extremismo de direita” no país. Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que derrotou nas eleições de 2022, o petista disse que extremistas pretendem corroer a própria democracia.

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“O surgimento da extrema-direita, esse extremismo que nós estamos vendo com um suporte muito grande da indústria das fake news, nos deixa a questão: onde a democracia errou? Em algum momento, a democracia cometeu uma falha que permitiu que extremistas pudessem questionar a própria democracia”, disse Lula.

O presidente concluiu afirmando que o Brasil vem assistindo ao crescimento de “uma extrema-direita atuante, sobretudo no mundo digital”.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”