Ciclone no Rio Grande do Sul faz nível do Guaíba subir 24 centímetros em 9 horas

Às 12h15 de terça-feira (28), a régua da Orla do Gasômetro apontava 3,68 metros e, às 21h30, o lago já batia os 3,92 metros; pico histórico foi registrado no início do mês, quando o Guaíba bateu 5,33 metros

Fábio Matos

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O ciclone extratropical que está atingindo o Rio Grande do Sul desde o início desta semana fez com que o patamar das águas do lago Guaíba, em Porto Alegre (RS), subisse 24 centímetros em apenas 9 horas, na terça-feira (28).

Às 12h15, a régua da Orla do Gasômetro apontava 3,68 metros e, às 21h30, o lago já batia os 3,92 metros. A água, que permaneceu próxima à borda do Cais Mauá praticamente durante toda a tarde, acabou atravessando as comportas, que já estavam abertas, à noite.

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De acordo com estimativas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), assim como houve um aumento súbito do nível das águas em poucas horas, também deve ocorrer uma queda significativa.

Apesar da subida do rio, técnicos do instituto consideram improvável que o patamar do Guaíba volte a superar os 4 metros, como aconteceu pela última vez na segunda-feira (27).

O nível do Guaíba continua acima da chamada “cota de inundação”, que é de 3 metros. O governo do Rio Grande do Sul deve modificar essa cota de referência, que passará para 3,6 metros.

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O pico histórico foi registrado no início do mês, quando o lago bateu 5,33 metros. Na terça-feira passada (21), o Guaíba havia recuado e ficou abaixo dos 4 metros pela primeira vez desde o dia 3 de maio.

De acordo com boletim da Defesa Civil do estado, o total de mortes desde o início das enchentes, no fim de abril, é de 169.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”