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SÃO PAULO – Uma das grandes questões sobre o governo de Jair Bolsonaro é a capacidade de conduzir as reformas tão necessárias para o País. E a prioridade é clara, como ressalta o cientista político Christian Lohbauer, que foi candidato à vice-presidência na chapa de João Amoêdo pelo Partido Novo em 2018.
“Qual a prioridade do governo Bolsonaro ou qualquer um que fosse? A Previdência”. Ela é a primeira, a segunda e a terceira prioridades”, aponta Lohbauer, destacando ainda a situação insustentável da previdência dos estados.
A Constituição de 1988, na visão do analista político, acabou por criar uma burocracia impagável, abrindo brechas e acrescentando regulamentações.
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É nesse sentido que é preciso se debruçar sobre as reformas da previdência e, nesse sentido, uma das melhoras na mesa é a proposta pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e pelo economista Paulo Tafner.
O texto prevê a definição de uma idade mínima, uma regra de transição mais veloz do que a sugerida pelo atual presidente Michel Temer e a instituição paulatina de um regime de capitalização (pelo qual o trabalhador contribui para uma conta individual) sem um custo tão expressivo na transição, o que é necessário dada a atual situação demográfica brasileira.
“Tem uma questão demográfica óbvia, não nasce mais tanta gente, não tem mais uma classe trabalhadora tão vasta e há muita gente idosa. É matemática pura, não tem ideologia, não dá para ser contra. Vai ter que ser feito nos próximos seis meses”, avalia Lohbauer.
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