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SÃO PAULO – O Brasil segue com o seu grande dilema: entrar na modernidade ou permanecer na Idade Média?
Esse “ser ou não ser” volta a ganhar relevância em meio ao debate sobre a votação da cessão onerosa no Senado, mostrando que os brasileiros ainda têm que lidar com o “ambiente jurássico” da política nacional, destaca em vídeo o cientista político Christian Lohbauer, que foi candidato à vice-presidência na chapa de João Amoêdo pelo Partido Novo em 2018.
Para início de conversa, o pré-sal é uma extensa área de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal – e que pode ser bem aproveitado pelo Brasil. Nesse cenário, há algumas hipóteses para explorar essa commodity, aponta Lohbauer: pode-se, “de uma forma estúpida”, dar tudo para a Petrobras (PETR3;PETR4) explorar, adotar um modelo de concessões, de partilha (com a Petrobras e mais alguém), enquanto também há a cessão onerosa, que o governo dá para a estatal sem concorrência.
Acontece que, nesse caso da cessão onerosa, há mais de 5 bilhões de barris do que foi definido anteriormente, levando a um excedente de produção, o que levará a um leilão do que “sobrou” da commodity.
“Aí que entra a política. O petróleo ainda está no fundo do mar, mas já querem usar esse dinheiro para pagar o 13º dos servidores, transferir para estados e municípios”, afirma Lohbauer, destacando que o atual ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, é contra essa ideia, ainda mais porque não envolve contrapartida dos estados de redução da máquina pública.
Contudo, aponta o cientista político, só com mais austeridade fiscal, com corte de despesas, se reverterá a situação fiscal calamitosa de muitos estados e municípios brasileiros. Senão, o comprometimento da receita futura do pré-sal com os estados gerará apenas mais dívida para o contribuinte.
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Confira o vídeo abaixo:
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