Chiquinho Brazão, suspeito de mandar matar Marielle, é expulso do União Brasil

Deputado federal foi preso no domingo (24) como um dos suspeitos de ser mandante do crime contra a vereadora em 2018

Fábio Matos

Deputado Chiquinho Brazão, do União Brasil (Congresso Nacional)
Deputado Chiquinho Brazão, do União Brasil (Congresso Nacional)

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O deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), preso como suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), foi expulso do União Brasil. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional do partido no fim da noite de domingo (24).

Brazão foi detido pela Polícia Federal (PF), no domingo, assim como seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. Os três são apontados pela PF como mandantes do assassinato de Marielle, em março de 2018.

No mesmo dia da prisão de Chiquinho Brazão, o novo presidente do União Brasil, Antônio Rueda, havia pedido à Executiva Nacional da legenda a abertura de um processo disciplinar para a expulsão do deputado do partido.

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De acordo com o União Brasil, o estatuto da sigla prevê a expulsão sumária e o cancelamento da filiação partidária em casos de “gravidade e urgência”.

A representação que pedia a expulsão de Brazão foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (SP) e teve como relator o senador Efraim Filho (PB).

“Embora filiado ao União Brasil, o deputado federal Chiquinho Brazão já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar”, informou o partido, em nota.

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Ainda segundo o União Brasil, Chiquinho Brazão foi enquadrado em três tipificações de condutas ilícitas previstas no estatuto:

“O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson”, diz a legenda.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”