“Chegou a hora de levar a sério revisão de gastos”, diz Tebet após reunião com Haddad

Após reunião com Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, ministra do Planejamento e Orçamento afirmou que o arcabouço fiscal, aprovado no ano passado pelo Congresso, continua de pé

Equipe InfoMoney

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), em entrevista a jornalistas no Senado Federal (Fotos: Diogo Zacarias)
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), em entrevista a jornalistas no Senado Federal (Fotos: Diogo Zacarias)

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou, nesta terça-feira (15), que “chegou a hora de levar a sério” a revisão de gastos públicos no Brasil.

Em entrevista a jornalistas após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tebet afirmou que o governo federal pretende apresentar medidas ao Congresso Nacional, para que sejam votadas ou tenham discussões iniciadas ainda neste ano, e argumentou que serão iniciativas “justas” e “palatáveis”.

A ministra enfatizou que o arcabouço fiscal, aprovado no ano passado pelo Congresso, continua de pé.

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“Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é possível mais apenas pelo lado da receita resolver o fiscal. O arcabouço está de pé. Sem perspectiva de alteração”, disse Tebet.

Ainda segundo a ministra do Planejamento, o governo levará adiante a revisão de programas sociais, identificando possíveis fraudes e promovendo uma “revisão estrutural” nos gastos.

“Temos alguns debates interditados, como salário mínimo, aposentadoria acompanhando a valorização do salário mínimo”, ponderou.

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“Eu e Haddad autorizamos a equipe a colocar propostas no papel. O segundo momento é fazer essas medidas chegarem à mesa do presidente Lula. Estamos otimistas de que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente. Ideia é logo após o segundo turno conversar com o presidente Lula”, completou Tebet.

“Vamos cumprir a meta de 2024, a meta de 2025 e a de 2026. Estamos falando de qualidade do gasto público. No ano passado, olhamos pelo lado de fraudes. A primeira etapa foi feita e continua. A segunda etapa são medidas estruturantes, aquelas que a política permite”, concluiu.

(Com Reuters)