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A consultoria internacional de risco político Eurasia Group vê menos chances para uma eleição do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, mas afirma que o petista mantém favoritismo na corrida presidencial. As chances de Lula ser eleito caíram de 70% para 65% nos cálculos do Eurasia, dada a diferença apertada de votos em relação ao segundo colocado, Jair Bolsonaro (PL), no primeiro turno.
“Mas Lula se mantém favorecido, não só porque ultrapassou Bolsonaro por cinco pontos e ficou próximo de uma maioria absoluta, mas também porque sua liderança deve crescer entre um e dois pontos, com votos remanescentes dos candidatos que saíram da disputa”, diz o relatório.
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Na visão da consultoria, as pesquisas subestimaram o apoio de Bolsonaro nas urnas, mas acertaram a fatia de votos para Lula. Para vencer a eleição, o petista precisa de 1,6% dos eleitores dos demais candidatos que não avançaram para o segundo turno.
A Eurasia prevê que Lula apareça com 53% dos votos nas próximos pesquisas, e Bolsonaro com 47%. A consultoria calcula que, para Bolsonaro vencer, ele precisaria convencer eleitores que votaram em Lula no primeiro turno a mudar sua opção no segunda.
No entanto, a Eurasia avalia que uma performance melhor que a esperada de partidos de direita, aliados do atual presidente, nos estados e no Congresso, devem trazer repercussões políticas a uma eventual administração de Lula a partir de 2023.
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“Vai trazer obstáculos em sua habilidade de financiar gastos com aumento de impostos e, dessa forma, vai reduzir algumas de suas ambições políticas”, diz a Eurasia. Metade da Câmara dos Deputados é composta por partidos de direita ou que apoiam Bolsonaro, assim como um terço do novo Senado.