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SÃO PAULO – O ex-diretor da Petrobras (PETR3; PETR4) Nestor Cerveró informou a Procuradoria-Geral da República, em declaração de informações entregues por sua defesa, que teria visto uma tabela com valores de propina supostamente desviados da BR Distribuidora pagos mensalmente ao senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL). As informações são do jornal Valor Econômico, que teve acesso ao documento.
Segundo a reportagem, o delator teria dito que soube do pagamento dos valores, que “chegavam na margem de milhões de reais” por intermédio do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos. Cerveró lembra que nos seis anos em que ocupou a diretoria financeira da BR Distribuidora, as licitações para construção de bases de distribuição de combustíveis foram todas direcionadas para a UTC, aprovadas por todas as diretorias da companhia.
No documento entregue aos investigadores da operação Lava Jato antes de fechar o acordo de delação premiada, o ex-diretor da estatal falou de uma possível fixação do senador pelo recebimento de recursos ilícitos para benefício próprio: “O negócio do Collor é dinheiro, ele não arrecada para partido, mas para ele mesmo”, disse conforme noticiou o Valor Econômico.