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SÃO PAULO – O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, afirmou que a compra da empresa petrolífera Pérez Companc pela estatal envolveu uma propina ao Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) de US$ 100 milhões, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo e do Valor Econômico.
Os dados constam em um documento apreendido no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT/MS), ex-líder do governo no Senado, que foi preso em 25 de novembro de 2015 no âmbito da Operação Lava Jato. O ex-diretor não explica para quem teria ido a suposta propina ou quem teria feito o pagamento e cita o nome ‘Oscar Vicente’, que seria ligado ao ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999).
O jornal ressalta que, em outubro de 2002, a Petrobras comprou 58,62% das ações da Pérez Companc e 47,1% da Fundação Pérez Companc. A Pecom era na época a maior empresa petrolífera independente da América Latina. O presidente da Petrobras era Francisco Gros e a estatal pagou US$ 1,027 bilhão pela Pérez Companc.
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“Cada diretor da Pérez Companc recebeu US$ 1 milhão como prêmio pela venda da empresa e Oscar Vicente, US$ 6 milhões. Nós juntamos a Pérez Companc com a Petrobrás Argentina e criamos a PESA (Petrobrás Energia S/A) na Argentina”, afirmou Cerveró no documento.
Em resposta, Fernando Henrique Cardoso afirmou: “não tenho a menor ideia da matéria. Na época o presidente da Petrobrás era Francisco Gros, pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação politico partidária. Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”.
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