Depois da declaração de apoio dos economistas Armínio Fraga, Pedro Malan, Persio Arida e Edmar Bacha à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial, agora é a vez de o ex-chanceler Celso Lafer manifestar sua preferência pelo petista no embate com Jair Bolsonaro (PL).
Lafer também declarou voto em Fernando Haddad (PT) para o governo de São Paulo. O petista disputa o segundo turno da eleição estadual contra Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidato apoiado por Bolsonaro.
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Lafer foi ministro das Relações Exteriores de 2001 até o fim de 2002, nos últimos anos do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ele também comandou o Itamaraty em 1992, no governo de Fernando Collor.
“Identifico na candidatura de Lula aderência a valores que sempre defendi, relacionados ao Estado de Direito, à preservação das regras do jogo democrático e à tutela dos direitos humanos, à relevância de abrangente inclusão social, à valorização da educação e da ciência, à preservação do meio ambiente e à preeminência da agenda ambiental na condução da política externa”, escreveu Lafer em nota.
Antes do ex-chanceler, outros ministros de FHC já haviam dado declarações de apoio a Lula: Aloysio Nunes Ferreira (desde o primeiro turno), José Gregori, José Carlos Dias e José Serra, além de Pedro Malan.
No primeiro turno das eleições, Lafer apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto. Ela ficou em terceiro lugar, com quase 5 milhões de votos em todo o país.
Além das duas passagens pelo Itamaraty, Celso Lafer foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (1999), também no governo FHC.
Leia a íntegra da nota de Celso Lafer:
“Neste segundo turno das eleições declaro o meu voto em Luiz Inácio Lula da Silva para presidente e em Fernando Haddad para governador de São Paulo, que são a inequívoca expressão do campo democrático, que é o meu, no momento atual do Brasil e de suas circunstâncias.
Identifico na candidatura de Lula aderência a valores que sempre defendi, relacionados ao Estado de Direito, à preservação das regras do jogo democrático e à tutela dos direitos humanos, à relevância de abrangente inclusão social, à valorização da educação e da ciência, à preservação do meio ambiente e à preeminência da agenda ambiental na condução da política externa.
Confio que, eleito presidente, Lula se empenhará no fortalecimento das instituições que, sob a égide da Constituição, asseguram nossas liberdades, e se dedicará ao restabelecimento do tradicional papel do Brasil no cenário internacional.”