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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) das acusações de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022 e escapou de ter o mandato cassado pela corte, usou as redes sociais para celebrar o resultado do julgamento.
Em mensagens publicadas em sua conta oficial no X (antigo Twitter), na noite de quinta-feira (23), pouco depois do término do julgamento no tribunal, Castro elogiou a decisão do colegiado, que o absolveu por 4 votos a 3. O Ministério Público Eleitoral (MPE) deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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“Recebo com profunda humildade a decisão da corte eleitoral do estado do Rio de Janeiro. Desde o início deste processo, reiterei a confiança na Justiça, o que se comprovou hoje. A democracia, pilar fundamental da nossa sociedade, foi brindada com esta decisão”, escreveu o governador fluminense.
Castro aproveitou para ironizar o ex-deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), atual presidente da Embratur, que foi derrotado pelo governador do Rio nas eleições de 2022.
“Importante destacar que, além do trabalho da nossa defesa, que resultou pela improcedência das ações interpostas pelo Ministério Público Eleitoral e pelo candidato derrotado Marcelo Freixo, a decisão respeitou o voto livre e soberano de mais de 4,8 milhões de eleitores do RJ”, afirmou Castro.
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“Repito o que sempre disse ao ex-deputado Marcelo Freixo: respeite o resultado das urnas e a vontade do nosso povo. A democracia, hoje, é a grande vitoriosa”, completou o governador do Rio.
Em 2022, Cláudio Castro foi reeleito no estado, ainda em primeiro turno, com mais de 58% dos votos válidos (4,9 milhões). Freixo obteve 27,3% (2,3 milhões de votos) e terminou na segunda colocação.
Também por meio do X, Freixo rebateu os comentários de Castro e lamentou a decisão do TRE-RJ.
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“Eu já ganhei e já perdi eleições, Cláudio Castro. Todas elas disputadas por mim de forma limpa e democrática, sem contratar quase 30 mil funcionários fantasmas para fazer campanha e sem desviar dinheiro público”, escreveu o presidente da Embratur.
“Não é só com a Justiça Eleitoral que você tem que se preocupar. Com a criminal também. Afinal, você responde denúncia por corrupção no STJ. O final dessa história é trágico e o povo do RJ infelizmente já conhece”, concluiu Freixo.
Castro era acusado pelo MPE de usar cargos “secretos” do governo para fins eleitorais em 2022. O governador do Rio de Janeiro e outros 11 réus eram investigados pelo caso, como o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil).
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As acusações envolviam supostas contratações irregulares feitas por meio da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para conseguir vantagens na reeleição ao governo do estado. A chamada “folha de pagamento secreta” tinha 27 mil cargos temporários na Ceperj e 18 mil na Uerj.
Na sexta-feira passada (17), o relator do caso, Peterson Barroso Simão, que é desembargador e corregedor do TRE-RJ, votou a favor da cassação de Castro, antes de o julgamento ser interrompido.
Nesta quinta, o desembargador Marcelo Granado abriu divergência, sendo acompanhado por Gerardo Carnevale Ney da Silva e Fernando Marques de Campos Cabral Filho. Katia Valverde Junqueira deu o voto que formou a maioria.
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Daniela Bandeira de Freitas e o presidente do TRE, Henrique Carlos de Andrade Figueira, acompanharam o relator.