Caso Marielle: “Não mato nem uma formiga”, diz ex-chefe da polícia do Rio

Além de Rivaldo Barbosa, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira também são réus pelo assassinato de Marielle Franco. Todos estão presos

Agência Brasil

Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil do Rio, apontado como um dos mandantes da morte de Marielle Franco (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil do Rio, apontado como um dos mandantes da morte de Marielle Franco (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa prestou depoimento virtual, nesta quinta-feira (24), ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está preso no presídio federal de Mossoró (RN) e é réu na ação penal que trata do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

No início do depoimento, Rivaldo negou ter participado do assassinato da vereadora. “Eu não mato nem uma formiga. Vou matar uma pessoa?”, afirmou.

O ex-delegado disse que foi apresentado a Marielle pelo ex-deputado estadual Marcelo Freixo (hoje no PSB), de quem a vereadora foi assessora na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

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Segundo Rivaldo, por ter atuação no campo dos direitos humanos, Marielle era o “elo de ligação” entre ele e Freixo para receber em audiência pessoas que tiveram parentes assassinados e buscavam informações sobre as investigações.

Rivaldo também destacou o trabalho da vereadora na defesa dos direitos humanos e disse que ela contribuiu para a sociedade brasileira. “No que diz respeito a Rivaldo e Marielle Franco, uma palavra pode definir: gratidão. Sou muito grato à Marielle”, completou.

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A audiência começou por volta das 13h45 e deve prosseguir até o início da noite.

Os suspeitos

Além de Rivaldo Barbosa, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira também são réus pelo assassinato de Marielle.

Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e estão presos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal no STF.

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De acordo com a investigação realizada pela Polícia Federal (PF), o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

Segundo os investigadores, Rivaldo Barbosa “planejou meticulosamente” o crime e ajudou a impedir a investigação inicial do caso.

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