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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), pré-candidato à reeleição no pleito de outubro deste ano, fez um movimento político arrojado – e, para muitos, arriscado – e exonerou o secretário municipal de Habitação, Marcus Vinícius Medina Costa, aliado do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PRD).
Com isso, Paes coloca um ponto final em uma aliança com o Republicanos, que tinha como objetivo justamente a próxima eleição. O presidente estadual da legenda, Waguinho (prefeito de Belford Roxo-RJ), e o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella, além do próprio Eduardo Cunha, se afastam da órbita de Paes.
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A exoneração do secretário de Habitação foi publicada na edição desta terça-feira (4) do Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro. Para o lugar de Marcus Vinícius, Paes nomeou Gustavo Freure, chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado.
Freure já esteve no comando da Secretaria de Habitação, entre 2022 e 2023, e também foi secretário de Esportes no segundo mandato de Paes como prefeito do Rio.
Além de Marcus Vinicius, também foram exonerados os presidentes da Rioluz, Raoni César Ras; e do IplanRio, Michell Yamasaki Verdejo – ambos indicados pelo Republicanos.
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De acordo com informações do jornal O Globo, um dos motivos que teriam levado ao rompimento entre Paes e o Republicanos foi o cancelamento de uma licitação que beneficiaria a ONG Contato – investigada por suposta ligação com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão (apontados como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018).
Segundo o grupo próximo a Paes, teria havido pressão do Republicanos para que a licitação fosse levada adiante. Até o momento, a prefeitura do Rio não se manifestou sobre o caso.
O Republicanos, por sua vez, nega qualquer relação entre a saída do governo e a licitação. “O verdadeiro motivo da nossa saída deveu-se a que na prática, nenhum dos compromissos assumidos com o partido, quando aceitamos firmar a aliança, foram cumpridos, onde filiações de candidatos na legenda não foram feitas, nomeações saindo em conta-gotas, a maioria travadas, obras prometidas e não iniciadas, sem a menor garantia de sua real execução, além do impacto no resultado da nossa chapa de vereadores, desses compromissos assumidos, mas não realizados a contento”, afirma o partido, em nota.
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“Não temos o poder, mesmo ocupando secretaria da prefeitura, de definirmos quem vence uma licitação, feita pelas regras legais, com critérios definidos pela gestão municipal, e sempre de forma transparente, através de pregão eletrônico ou chamamento público, onde o critério de decisão é o menor preço, obedecidas as condições técnicas previstas nos respectivos editais, feitos pelas regras da prefeitura”, completa o partido.
Eleito em 2020, Eduardo Paes está em seu terceiro período como prefeito do Rio – ele já havia governado a cidade entre 2009 e 2017. O atual prefeito é favorito a conquistar mais um mandato nas eleições municipais de outubro.
O Republicanos, em nível nacional, é comandado pelo deputado federal Marcos Pereira (SP), um dos nomes especulados como potencial candidato à presidência da Câmara no ano que vem. A legenda integra a base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliado de Paes.