Cadastro de condenados por violência contra mulher avança na Câmara

Plenário da Câmara aprovou regime de urgência para o projeto de lei (PL 1099/2024), que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher; texto é da deputada Silvye Alves (União Brasil)

Agência Brasil

A autora do projeto é a deputada federal Silvye Alves (União Brasil-GO) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
A autora do projeto é a deputada federal Silvye Alves (União Brasil-GO) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na segunda-feira (27), o regime de urgência para o projeto de lei (PL 1099/2024) que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher. A urgência foi aprovada por votação simbólica e sem manifestações contrárias.

A autora do projeto é a deputada federal Silvye Alves (União Brasil-GO), para quem essa matéria não é de um partido político, mas a favor da família e das mulheres brasileiras.

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“Quando eu penso nesse projeto, penso nas nossas meninas que um dia se tornarão mulheres e poderão saber antecipadamente quem são os criminosos de violência doméstica ou não. E não falo somente de violência doméstica, mas também de feminicídio, de stalking e de vários outros tipos de crimes que esse cadastro vai influenciar”, afirmou a parlamentar.

O projeto prevê a criação de um cadastro com o nome de todas as pessoas já condenadas por violência contra a mulher, com a sentença transitada em julgado.

Com a urgência aprovada, o texto pode ser levado à votação no plenário em qualquer momento, sem precisar passar pelas comissões permanentes da Casa. Se aprovado, ainda precisa ser analisado pelo Senado, antes de ir à sanção presidencial.

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Violência

Estima-se que 10,6 mil mulheres foram vítimas de feminicídio entre 2015 e 2023 no Brasil, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Só no ano passado, 1,4 mil mulheres foram mortas por motivação relacionada à sua condição de mulher.

Além do assassinato, as mulheres são vítimas de ameaças, agressões, torturas, ofensas e assédios motivados pela condição de serem mulheres. Um levantamento da Rede de Observatórios da Segurança que analisou dados de oito estados (Baia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo) calculou que, em 2023, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas.