Boulos, Nunes e Marçal empatam em SP, mas prefeito venceria 2º turno, diz pesquisa

Levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas reforça quadro de empate triplo no maior colégio eleitoral do país a um mês do pleito

Marcos Mortari

Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)
Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)

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A um mês do primeiro turno das eleições municipais, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o empresário Pablo Marçal (PRTB) aparecem tecnicamente empatados na liderança da disputa em São Paulo (SP). É o que mostra pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná nesta sexta-feira (6).

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 2 e 5 de setembro, no cenário estimulado (ou seja, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados), Boulos aparece com 23,9% das intenções de voto, Nunes tem 23,8%, e Marçal, 21,3%.

Como a margem de erro máxima estimada pelo instituto é de 2,6 pontos percentuais para cima ou para baixo, não é possível afirmar quem lidera a disputa ou quais seriam os dois nomes que iriam para o segundo turno se a votação ocorresse hoje. O retrato é semelhante ao apresentado na véspera pelo Datafolha.

No segundo pelotão da pesquisa, aparecem o apresentador de televisão José Luiz Datena (PSDB), com 8,4% das intenções de voto, seguido por Tabata Amaral (PSB), com 7,1%. Os dois também estão em empate técnico.

A economista Marina Helena Santos (Novo) tem 2,9%. Outros candidatos − Bebeto Haddad (DC), com 0,6%; Altino Prazeres (PSTU), com 0,3%; Ricardo Senese (UP), com 0,3%; e João Pimenta (PCO), com 0,2% − aparecem com menos de 1% das intenções de voto. Indicações de voto em branco ou nulo e eleitores indecisos somam 11,2%.

Considerando a série histórica da pesquisa, Boulos voltou a patamar próximo ao observado dois meses atrás. Já Nunes, vem em uma tendência de queda que já retirou quase 4 pontos percentuais de suas intenções de votos. E Marçal praticamente dobrou de posição, em meio ao forte desempenho nas redes sociais, em contraste com a ausência de exposição no horário de propaganda eleitoral e inserções no rádio e na TV. Tabata andou de lado, enquanto Datena minguou após um soluço expressivo em agosto.

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Pesquisa espontânea

Já no cenário espontâneo de primeiro turno (ou seja, quando o eleitor indica seu candidato sem que lhe sejam apresentadas opções), Ricardo Nunes aparece com 15,1% das intenções de voto, enquanto Marçal tem 14,3% e Boulos, 13,4%. Como na estimulada, a situação dos três configura empate técnico.

No segundo pelotão, Tabata é apontada por 3,8%, Datena por 2,9%, e Marina Helena por 1,0%. Outros nomes citados somam 0,7% dos eleitores entrevistados.

O cenário espontâneo ajuda a mostrar o nível de cristalização de apoio de cada candidato, já que a indicação de um candidato sem estímulo mostra, em tese, um grau de convicção maior do eleitor. Vale ressaltar, contudo, que pesquisas também indicam que a decisão efetiva de voto tem sido cada vez mais tardia.

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Segundo turno

O levantamento da Paraná Pesquisas também testou 3 cenários de segundo turno. Se a eleição fosse hoje, o atual prefeito Ricardo Nunes, que tenta a reeleição, derrotaria Guilherme Boulos (49,7% a 33,6%) e Pablo Marçal (50,1% a 27,7%). Entre Boulos e Marçal, o parlamentar é quem levaria a melhor (43,1% a 37,9%), segundo a pesquisa.

Como foi feita a pesquisa?

O Paraná Pesquisas ouviu 1.500 eleitores paulistanos, entre os dias 2 e 5 de setembro, por meio de entrevistas pessoais. O intervalo de confiança do levantamento é de 95% − o que significa que, se ele tivesse sido feito mais de uma vez sob as mesmas condições gerais e de período de coleta, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro do limite da margem de erro, que foi estimado em 2,6 pontos percentuais.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.