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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar, nesta quinta-feira (7), o sistema eleitoral brasileiro e disse duvidar da segurança do processo de votação eletrônica, sugerindo que diferentes órgãos, como a Polícia Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil, além das Forças Armadas, possam contabilizar os votos junto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Eu duvido desse sistema eleitoral, é um direito meu duvidar”, disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais, voltando a levantar dúvidas –sem apresentar evidências– de possíveis fraudes em eleições passadas.
Bolsonaro, que se elegeu presidente em 2018 e deputado diversas vezes em eleições anteriores pelo sistema de voto eletrônico, tem feito ataques constantes aos ministros do TSE Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que também pertencem ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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Bolsonaro acusa, sem apresentar provas, os três magistrados de terem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato preferencial na eleição presidencial de outubro. Lula lidera as pesquisas de intenção de voto à frente de Bolsonaro (PL) e alguns levantamentos apontam até mesmo uma possível vitória no primeiro turno.
Bolsonaro já chegou a afirmar que não irá aceitar o resultado de uma eleição que não considere justa.
Depois de sugerir inicialmente que as Forças Armadas tivessem acesso ao sistema de votação para realizar uma apuração própria dos votos, o presidente agora sugeriu que entidades como a Polícia Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Controladoria-Geral da República (CGU) e universidades também possam fazer suas apurações paralelas.
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Apesar das falas do presidente acusando o TSE de fazer a apuração em uma “sala secreta”, a corte eleitoral já esclareceu diversas vezes que a totalização dos votos é um ato público.
Em tom de ameaça, Bolsonaro disse que “ninguém quer invadir nada”, mas que sabe o que “temos que fazer antes das eleições”.
Antes, criticou o presidente do TSE, Edson Fachin, por ter afirmado na véspera que há risco de o Brasil passar por um evento mais grave do que a invasão ao Capitólio de Washington, ocorrido em 6 de janeiro do ano passado, quando partidários do então presidente derrotado dos EUA, Donald Trump, invadiram as dependências do Congresso para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden.
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Bolsonaro também disse que irá convidar todos os embaixadores estrangeiros no Brasil para mostrar na próxima semana “o que aconteceu” nas eleições de 2014, 2018 e 2020, insinuando que seriam problemas que, segundo ele, estarão devidamente documentados.