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SÃO PAULO – Em artigo para o jornal Valor Econômico, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Reforma da Previdência é o “centro de gravidade” do governo, acrescentando que pretende colocar todo esforço para que seja “concluída e aprovada o quanto antes” e que não há opções para a retomada sem ela.
“Nenhum setor consome tantos recursos de nosso orçamento fiscal quanto a previdência. É nítido o grau de deterioração das contas públicas. Se a reforma não for aprovada agora, haverá uma completa exaustão da capacidade financeira, o que impedirá o governo de resolver as questões vitais da sociedade”, afirmou o presidente no artigo.
Bolsonaro destacou ainda que “o atual sistema de previdência é o ator principal desta telenovela chamada desequilíbrio fiscal, que custa ao país R$ 800 bilhões ao ano”. O presidente destacou que, se mantidas as regras atuais, estarão em risco “não apenas as nossas aposentadorias, mas também a dos nossos filhos e netos. Sem a reforma, a saúde econômica se encaminhará rapidamente para a UTI da crise social, já vivida recentemente por muitos países”.
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Bolsonaro ainda afirmou que o governo acena com maneira diferente de negociar, com sentimento patriótico e a busca de consenso sendo fundamentais.
“Eu acredito firmemente que durante o período de tramitação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça, essa base estará formatada e dará segurança para aprová-lo”, apontou.
De acordo com ele, é legítimo que o Congresso queira aperfeiçoar o projeto entregue pelo governo e que é normal e constitucional utilizar o orçamento como inflexão de políticas públicas em prol da população brasileira.
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Além da Previdência, o presidente ressaltou que as reformas tributária e trabalhista são desafios para garantir o crescimento da economia, o bem-estar e
a paz social.
Na reforma tributária, apontou, o governo tem objetivo claro: desburocratizar e simplificar a legislação, com propostas para modernizar o sistema e facilitar o ambiente de negócios. Já na reforma trabalhista, governo quer regime que favoreça
trabalhador e empregador.
Voltando sobre o assunto Previdência, o presidente ressalta que, com a reforma, com as alíquotas progressivas, quem ganha menos pagará menos ainda, e quem ganha mais contribuirá com um pouco mais. “Hoje os trabalhadores de menor renda, a maioria esmagadora, são obrigados a custear, com suas contribuições previdenciárias, as aposentadorias de uma minoria privilegiada”, avalia.
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“É tempo de termos responsabilidade social com o futuro do país. Estamos todos no mesmo barco. O mar está bravio, a água se faz ao convés e a única solução é arregaçar as mangas e trabalharmos juntos para que encontremos logo bons ventos e um porto seguro”, afirmou no texto.
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