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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), parabenizou na noite de terça-feira (24) a Polícia Militar do Rio de Janeiro pela operação policial que deixou ao menos 21 mortos na favela da Vila Cruzeiro, na zona norte da capital fluminense, entre eles uma moradora de uma comunidade vizinha atingida por um disparo.
O presidente escreveu no Twitter que 20 “marginais” foram mortos e disse lamentar a morte da moradora em meio ao confronto. Disse ainda que a ideia da polícia era prender os suspeitos fora da comunidade, mas isso não foi possível porque foram atacados.
“Parabéns aos guerreiros do BOPE e da @PMERJ que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa”, escreveu Bolsonaro sobre a operação, feita em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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– Parabéns aos guerreiros do BOPE e da @PMERJ que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa. A ação contou com apoio da DRE (@policiafederal ) e @PRFBrasil .
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 25, 2022
Bolsonaro tem nos policiais uma importante base eleitoral e defende o “excludente de ilicitude”, que isentaria agentes de segurança de serem responsabilizados por atos que comete no exercício da função.
“A operação vinha sendo planejada há meses e os agentes de segurança monitoravam os passos de chefões do tráfico com objetivo de prendê-los fora da comunidade, o que não foi possível devido ao ataque da facção, fazendo-se necessário o uso da força para conter as ações.”
Ao mesmo tempo em que lamentou a morte de uma moradora de uma comunidade vizinha na operação, o presidente criticou o que chama de “inversão de valores de parte da mídia, que isenta o bandido de qualquer responsabilidade, seja pela escravidão da droga, seja por aterrorizar famílias, seja por seus crimes cruéis”.
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O presidente exaltou ainda o fato de a polícia ter apreendido na operação 13 fuzis, quatro pistolas, 12 granadas e “uma grande quantidade de drogas”.
Investigação do MP
O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu um procedimento investigatório e determinou que a PM envie, em até dez dias, o procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos, “ouvindo todos os policiais militares envolvidos e indicando os agentes responsáveis pelas mortes, além de esclarecer sobre a licitude de cada uma das ações letais”.
A promotoria recomendou que todas as armas dos policiais militares envolvidos na ação sejam apreendidas e enviadas para exame pericial, para que sejam comparados com os projéteis que venham a ser retirados dos mortos na operação.
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No ano passado, 28 pessoas morreram, durante operação policial na favela do Jacarezinho, também na zona norte da capital fluminense — entre elas um policial civil. Foi a ação mais letal da história da polícia no estado.