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SÃO PAULO – Apesar de todas as sinalizações pró-mercado de seu assessor Paulo Guedes, muitos analistas, gestores e economistas mostram ceticismo de como seria a condução da economia caso Jair Bolsonaro (PSL) fosse eleito presidente em outubro.
Afinal, mesmo com o discurso dos últimos meses mais favorável à privatização e a reformas pró-mercado que fez com que os investidores mostrassem uma certa calmaria, a falta de detalhamento sobre qual seria a agenda e também o histórico “anti-mercado” do deputado em seus mais de 27 anos na Câmara ainda suscitam desconfiança.
Desta forma, o espaço que ele terá nesta segunda-feira a partir dos 22h15 (horário de Brasília) no Roda Viva, programa da TV Cultura, poderá ser valioso para mostrar quais são as propostas do presidenciável – e se o seu tom pró-mercado seguirá após o pleito de outubro.
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Com base nesse cenário, o InfoMoney conversou com vários gestores e economistas do mercado financeiro – e cuja maioria não teve oportunidade de ter um “frente-a-frente” com o Bolsonaro – para saber o que eles perguntariam ao candidato. Dependendo das respostas e na convicção que ele apresentaria sobre elas, poderia animar o mercado – ou torná-lo mais cético sobre a sua candidatura. Seguem abaixo:
- 1 – Bolsonaro sempre votou contra reformas importantes e teve perfil mais estatizante. O que aconteceu pra ele ter mudado e, inclusive, ter colocado na linha de frente de sua assessoria o economista liberal Paulo Guedes?
2 – O que garante que, ao discordar de Paulo Guedes, Bolsonaro não queira demitir o economista ou mudar totalmente o viés econômico, voltando à linha estatizante que já mostrou em votações em anos anteriores?
- 3 – Bolsonaro é a favor do regime de capitalização da previdência, pregado por Paulo Guedes? Como seria a fase de transição? Qual a urgência que o candidato vê para a reforma da previdência?
4- Paulo Guedes fala em “privatizar tudo”, Bolsonaro alerta para entrada de chineses no Brasil. Muitos chineses têm mostrado interesse em investir no País e, se o programa de privatizações vingar, poderão se expandir mais no Brasil. Como conciliar essas duas visões?
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5 – O candidato do PSL votou em maio contra o cadastro positivo, uma das medidas pró-mercado vistas como essenciais para melhora da competição e diminuição de juros. Por que ele votou contra essa medida? Faria algo diferente nos últimos votos que deu?
- 6 – A pulverização partidária na Câmara deve seguir como realidade. Como lidar com o Congresso Nacional para a aprovação de pautas tendo um partido tão pequeno por trás? A base que está se construindo com vários partidos é satisfatória para isso ou no menor sinal de crise ela vai debandar?
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