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Depois de ter auxiliado o presidente Jair Bolsonaro (PL) nos bastidores do debate da TV Bandeirantes, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro participou pela primeira vez, nesta sexta-feira (21), do programa eleitoral de TV do candidato à reeleição.
Moro, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão no âmbito da Operação Lava Jato, afirmou que os governos petistas foram “manchados por escândalos de corrupção” e que Lula não pode voltar ao Planalto.
“Os governos do PT foram manchados por escândalos de corrupção. Eu quero poder chegar na minha casa, olhar nos olhos do meu filho e dizer para ele que roubar é errado”, disse Moro durante o programa de Bolsonaro na TV veiculado nesta tarde.
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“Não podemos permitir que o PT, com todos esses escândalos de corrupção, retorne ao poder. Por isso, pense muito bem em quem você vai votar, que tipo de lição, que tipo de país você quer deixar para os seus filhos”, completou o ex-juiz.
Lula foi condenado na primeira, segunda e terceira instâncias do Judiciário, em processos relacionados à Lava Jato, e ficou preso na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba por 580 dias. O petista foi solto em novembro de 2019, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar a jurisprudência vigente e proibir a prisão após condenação em segunda instância.
Em abril de 2021, o STF anulou todas as condenações de Lula por entender que Moro, que havia sentenciado o ex-presidente a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP), teve uma atuação parcial no caso, prejudicando o réu.
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Além disso, a Corte decidiu que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era o juízo competente para realizar o julgamento de Lula. Com isso, o petista recuperou seus direitos políticos e pôde se candidatar ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano.
Em abril de 2020, Sergio Moro pediu demissão do governo Bolsonaro, deixando o comando do Ministério da Justiça. O ex-juiz acusou o presidente de tentar interferir na PF, corporação vinculada à pasta. As críticas foram motivadas pela decisão de Bolsonaro de trocar o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, que havia sido indicado por Moro para o posto.