“Boi de piranha”, “showzinho” e “filme de máfia”: o que disseram rivais sobre Marçal

Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) foram unânimes em repudiar a agressão do assessor de Pablo Marçal contra o marqueteiro do prefeito

Fábio Matos

Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/YouTube)
Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/YouTube)

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O mais recente episódio de violência durante a campanha para a prefeitura de São Paulo (SP), com a agressão de um assessor de Pablo Marçal (PRTB) contra o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), repercutiu entre os seus principais adversários.

Nahuel Medina, cinegrafista e sócio de Marçal, agrediu Duda Lima, marqueteiro de Nunes, com um soco no rosto.

O assessor do candidato do PRTB foi detido pela PM. Cinco viaturas da polícia foram deslocadas até o Esporte Clube Sírio, onde o debate foi realizado, e os envolvidos foram encaminhados para o 16º Distrito Policial (DP), na Vila Clementino, zona sul da capital.

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Pouco depois do debate promovido pelo Grupo Flow, na noite de segunda-feira (23), que terminou em confusão generalizada com a expulsão de Marçal, Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) condenaram a agressão.

“Fica claro que, quando Marçal não está dando espetáculo, o ‘showzinho’ de merda dele, para aparecer e ganhar dinheiro, ele não tem nada a dizer. Aí, frustrado que não consegue dar o ‘showzinho’ dele, acontece essa merda que aconteceu”, desabafou Tabata, para quem o candidato do PRTB “incita a violência desde o dia zero” da campanha.

Boulos, por sua vez, também criticou a atitude do assessor de Marçal e afirmou que o influenciador funciona como “boi de piranha” do prefeito Ricardo Nunes.

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“Sabe aquele boi que passa primeiro, antes de a boiada passar, para as piranhas pegarem, para chamar atenção, e depois a boiada passa? É assim que o Marçal está funcionando”, atacou o deputado federal.

O tucano José Luiz Datena, que na semana passada agrediu Pablo Marçal com uma cadeira durante debate na TV Cultura, comparou o adversário a um personagem dos filmes sobre máfia.

“É igual filme de máfia: o bandido sempre aparece no fim. A coisa fica desvirtuada”, disse.

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Marina Helena, que chegou a fazer uma “dobradinha” com Marçal em alguns momentos do debate, também condenou o episódio violento.

“A gente vê o assessor do Nunes saindo daqui ensanguentado. A pessoa de maior bom senso aqui foi um cidadão comum que deu voz de prisão ao agressor, o que, aliás, deveria ter acontecido na situação da cadeira no outro debate”, observou.

Ricardo Nunes, que deixou o debate às pressas para acompanhar seu marqueteiro na delegacia, publicou vídeos no Instagram nos quais se refere a Marçal e a seu assessor como “covardes”.

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Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”