Barroso reage a pacote anti-STF: “Não se mexe em instituições que estão funcionando”

Presidente da Corte se manifestou um dia após aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, de propostas que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF)

Estadão Conteúdo

Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (Foto: Antonio Augusto/SCO/STF)
Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (Foto: Antonio Augusto/SCO/STF)

Publicidade

Um dia após aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, de propostas que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, disse que “não se mexe em instituições que estão funcionando”.

O magistrado não mencionou diretamente o avanço dos textos na Câmara, mas fez alusão aos 36 anos da Constituição, completados na semana passada.

“Não existem unanimidades, mas não se mexe em instituições que estão funcionando e cumprindo bem a sua missão por injunção dos interesses políticos circunstanciais e dos ciclos eleitorais”, afirmou Barroso.

Continua depois da publicidade

Leia também:

O presidente do STF ainda destacou ainda que, “no Brasil, assim como na maior parte das democracias do mundo, o STF é guardião da Constituição e seu intérprete final”. Um dos textos aprovados na CCJ prevê que o Congresso atue como revisor de decisões do Supremo.

“As constituições existem precisamente para que os valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento”, disse Barroso.

Continua depois da publicidade

Segundo o presidente do Supremo, a Corte segue “firme na defesa da democracia, do pluralismo e da independência e harmonia entre os Poderes”.