Barroso diz que reunião entre Poderes resolveu impasse sobre emendas parlamentares

"Nós conseguimos enfrentar adequadamente a rastreabilidade e a transparência, que ficaram estabelecidas de maneira inequívoca e com controle do TCU”, afirmou o presidente do Supremo Tribunal Federal

Equipe InfoMoney

Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou, nesta terça-feira (20), que os problemas de transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares foram equacionados durante reunião realizada com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além de representantes do governo federal.

Mais cedo, Barroso promoveu um almoço para resolver o impasse provocado pelas decisões individuais do ministro Flávio Dino, confirmadas pelo plenário do STF, que suspenderam o pagamento das emendas impositivas e as chamadas “emendas Pix” ao Orçamento da União.

Durante a reunião, ficou definido que as emendas ficam mantidas, mas terão que seguir critérios de rastreabilidade, além da prestação de contas ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo o presidente do Supremo, a suspensão dos repasses a deputados e senadores foi equacionada na “medida do possível” e nos limites da atribuição do STF.

“Nós conseguimos enfrentar adequadamente a rastreabilidade e a transparência, que ficaram estabelecidas de maneira inequívoca e com controle do TCU”, afirmou.

Barroso negou que o Supremo tenha validado uma proposta articulada entre o Executivo e o Legislativo. “As nossas preocupações eram de natureza constitucional e institucional quanto à transparência, rastreabilidade e correção da aplicação desses recursos”, explicou.

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Pelo acordo, o Senado e a Câmara terão 10 dias para cumprir as novas determinações. Em seguida, o acordo deverá ser homologado pelo ministro Flávio Dino, relator do caso, e votado pelo plenário da Corte. Os repasses continuam suspensos até a homologação.

(Com Agência Brasil)