Barroso admite que há “déficit de representatividade” negra na magistratura

"A magistratura é predominantemente branca e há déficit de representatividade e compreensão das realidades diferentes que proveem da questão racial e do racismo estrutural", afirmou o presidente do STF e do CNJ

Agência Brasil

Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou, nesta terça-feira (5), que a magistratura brasileira é predominantemente branca e há déficit de representatividade de pessoas negras no Poder Judiciário.

Ao citar que o Judiciário reflete as marcas históricas da exclusão de pessoas negras, Barroso disse que o CNJ já conseguiu com parceiros da iniciativa privada 750 bolsas de estudo para candidatos negros que ficarem entre os primeiros colocados no Exame Nacional da Magistratura (Enam). Cerca de R$ 7 milhões foram levantados para custear as bolsas. 

“A magistratura é predominantemente branca e há um déficit de representatividade e de compreensão das realidades diferentes que proveem da questão racial e do racismo estrutural brasileiro”, afirmou Barroso. 

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Na avaliação do ministro, houve mudanças nas últimas duas décadas sobre a percepção da sociedade brasileira envolvendo a questão racial.

“A cor da pele faz muita diferença no comportamento das pessoas, na acessibilidade nos espaços públicos, nos espaços de poder. Acho que o diagnóstico adequado tem contribuído para uma progressiva superação desse racismo estrutural. É uma batalha longa, longe de estar terminada”, completou.

O CNJ realizou, nesta terça, a entrega do Prêmio Equidade Racial do Poder Judiciário, evento que premia iniciativas antirracistas dos tribunais do país.

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