Avaliação do Planalto é que popularidade de Dilma só melhora em 2017, diz Valor

E, segundo o jornal, preocupada com os índices de rejeição, a presidente chamou João Santana, o marqueteiro responsável por sua campanha presidencial no ano passado para reunião com o ex-presidente Lula, há duas semanas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Segundo informações do jornal Valor Econômico, mesmo com o lançamento de uma agenda positiva, o Palácio do Planalto avalia que a popularidade da presidente Dilma Rousseff só apresentará melhora a partir de 2017. 

A presidente não deve recuperar sua popularidade antes das eleições de 2016, com reflexos negativos no desempenho do PT e dos candidatos governistas no pleito municipal. 

E, segundo o jornal, preocupada com os índices de rejeição, a presidente chamou João Santana, o marqueteiro responsável por sua campanha presidencial no ano passado para reunião com o ex-presidente Lula, há duas semanas.

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A reunião teria tratado da pauta positiva e da linha de ação para os próximos meses, a fim de reverter a escalada de insatisfação com a gestão do governo. Santana recomendou paciência, calma e foco para que a presidente retome uma trajetória de ascensão e aprovou a pauta positiva elaborada pelo grupo. O marqueteiro também recomendou que Dilma turbinasse o noticiário relativo aos investimentos chineses em infraestrutura.

O jornal destaca que a última intervenção direta de Santana foi o pronunciamento em cadeia de rádio e televisão da presidente no dia 8 de março, dia em que ela foi alvo de “panelaços”. Segundo interlocutores ouvidos pelo jornal, Lula irritou-se com Santana por causa do pronunciamento, dizendo que ele errou o tom porque redigiu o texto do exterior, longe do ambiente de hostilidade e crise política instalado no Brasil. 

As notícias que chegam desde o início do mês sobre a popularidade de Dilma não são nada boas para a presidente. No início de junho, o  blog de Gerson Camarotti, do portal G1, o Palácio do Planalto teve acesso a uma pesquisa que avaliou a popularidade do governo. E, pela primeira vez, a aprovação do governo Dilma está abaixo dos 10%. Em alguns lugares, como São Paulo, a aprovação de Dilma é de apenas 7%, segundo outra pesquisa. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.