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Pesquisa do instituto AtlasIntel sobre o cenário eleitoral em João Pessoa (PB), divulgada na terça-feira (22), mostra que o atual prefeito Cícero Lucena (PP) tem 59,1% das intenções de voto.
O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) aparece com 36,9%. Outros 2,4% dos eleitores de João Pessoa estão indecisos, e 1,6% pretende votar em branco ou nulo.
A AtlasIntel ouviu 1.214 eleitores entre os dias 15 e 20 de outubro. A margem de erro é de 4 pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PB-01786/2024.
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De acordo com a segmentação, Cícero Lucena se sai melhor entre os agnósticos ou ateus (73,1%), os que possuem até o ensino fundamental (70,7%) e os beneficiários do programa Bolsa Família (68,2%). Queiroga, por sua vez, ganha de Lucena apenas entre os evangélicos (59,5%) e os que recebem entre R$ 3 mil e R$ 5 mil (56,6%).
Considerando os votos válidos, quando são excluídos os brancos e nulos, Cícero Lucena tem 61,6%, enquanto Marcelo Queiroga, 38 4%.
A AtlasIntel também questionou os eleitores sobre a avaliação da gestão de Lucena na prefeitura da capital paraibana. Para 55%, o trabalho dele é positivo, enquanto 37% desaprovam. Outros 8% não souberam responder.
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Os pesquisadores também perguntaram quais seriam os principais problemas de João Pessoa. Os temas mais citados foram a criminalidade (64,8%), a saúde (60,6%) e os engarrafamentos (30 4%).
No primeiro turno, realizado no último dia 6, Cícero Lucena quase venceu o pleito em primeiro turno ao conquistar 205.122 votos (49,2% dos votos válidos). Queiroga, por sua vez, conseguiu uma vaga na próxima rodada ao obter 90.840 votos (21,8% dos votos válidos).
Como é feita a pesquisa AtlasIntel?
A pesquisa AtlasIntel realiza entrevistas por meio da tecnologia conhecida como Random Digital Recruitment (RDR), na qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo (smartphones, tablets, laptops ou PCs).
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Esse tipo de pesquisa costuma ser mais acessível em termos de preço comparado a levantamentos face a face ou mesmo por telefone, mas há controvérsia na academia sobre o risco de possível “viés de seleção” dos entrevistados.
Por outro lado, a AtlasIntel argumenta que tal modelo, em comparação com pesquisas presenciais domiciliares ou em pontos de fluxo, “evita o eventual impacto psicológico da interação humana sobre o respondente” e favorece a coleta de respostas mais fidedignas.
Já em comparação com o modelo telefônico, o instituto diz que os levantamentos pela internet permitem “um mapeamento granular de padrões de não resposta, de modo que os vieses decorrentes de taxas variáveis de não resposta possam ser adequadamente tratados durante o processo de construção de cada amostra”.
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(Com Estadão Conteúdo)