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Preso desde outubro de 2022, quando disparou mais de 40 tiros tiros contra uma viatura da Polícia Federal (PF) durante uma tentativa de cumprimento de um mandado de prisão de que era alvo, o ex-deputado federal Roberto Jefferson teve de pagar quase R$ 40 mil (R$ 39.581,32) pelos danos causados ao automóvel.
No último dia 12 de julho, a defesa do ex-parlamentar encaminhou ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) o comprovante de “reparação integral do dano causado”, informa o jornal O Globo.
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Além de atingir a viatura da PF com 42 tiros, Jefferson feriu dois policiais (com estilhaços). Ao todo, o ex-deputado acertou o teto do veículo com 25 tiros, o para-brisa com 14, a lateral esquerda com 2 e o capô com um.
De acordo com a PF, houve necessidade de troca de diversos itens na oficina, como giroflex, forro do teto e para-brisa. A viatura, que não era blindada, ainda precisou de reparos no sistema de ar-condicionado, motor, pintura e lanternagem.
No relatório sobre o caso, a PF cita a “insanidade da conduta do ex-deputado, que consciente e voluntariamente, após descobrir a finalidade da presença da equipe policial, passou a atacar os agentes da lei com granadas e disparos de arma de fogo de grosso calibre, assumindo o risco de causar o resultado morte daqueles policiais e gerando danos ao patrimônio público empregado na ação”.
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Na ocasião, em outubro de 2022, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), agentes da PF tentavam cumprir um mandado de prisão na casa de Jefferson, em Comendador Levy Gasparian (RJ).
Roberto Jefferson, atualmente com 71 anos, foi deputado federal pelo Rio de Janeiro por mais de 2 décadas, entre 1983 e 2005, com 6 mandatos consecutivos. Ele foi presidente nacional do PTB entre 2003 e 2005 e de 2016 a 2021. Jefferson deixou a legenda em 2023 – também tem passagens por MDB e PP.
O ex-deputado integrou a chamada “tropa de choque” do ex-presidente Fernando Collor de Mello, cassado por impeachment em 1992. Em 2005, Jefferson deflagrou o escândalo do mensalão, durante o primeiro mandato de Lula, denunciando o pagamento de propina a deputados em troca de apoio ao governo.
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Ainda em 2005, o parlamentar foi cassado pela Câmara dos Deputados. Em 2012, Jefferson foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
