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A área ocupada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) reduziu em 78,51% neste ano, informou a assessoria de comunicação do Ministério da Defesa nesta sexta-feira, creditando a saída dos garimpeiros à força-tarefa colocada em campo pelo governo federal após a crise humanitária envolvendo os indígenas da região.
Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, apontam que a área ocupada por garimpeiros nos primeiros nove meses deste ano é de 214 hectares. No mesmo período do ano passado, a área chegava a 999 hectares.
“A redução de quase 80% na área atingida mostra que a presença de garimpeiros é, atualmente, residual (se mantém em pequenas áreas na região), apresentando, nos últimos cinco meses, variação média de 4 hectares. As maiores concentrações observadas no início do ano foram desmobilizadas”, disse a Defesa, em nota.
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Ainda segundo a pasta, a atuação da força-tarefa — que envolve diversos órgãos do governo federal — também já produziu efeitos sobre os rios da região.
Os rios Uraricoera e Mucajaí teriam recuperado suas cores naturais, de acordo com o ministério, devido à ausência do mercúrio, metal utilizado pelos garimpeiros responsável pelo tom amarelo dos rios.
A Defesa informou ainda que até o momento já foram detidos 146 garimpeiros em ações coordenadas com órgãos de segurança pública. Também foram apreendidos 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro e 808 equipamentos.
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A operação de desintrusão da área do povo yanomami entrou em campo no início do ano, quando veio à tona uma crise humanitária envolvendo os indígenas. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou emergência de saúde para os yanomami e colocou em prática uma força-tarefa envolvendo militares, policiais, órgãos de proteção do meio ambiente e dos povos indígenas para retirar os invasores.
Cerca de 20 mil garimpeiros ocupavam a maior reserva indígena do Brasil, onde o garimpo figura como um problema antigo na região onde vivem os yanomami. Quando a reserva foi demarcada e reconhecida pelo governo em 1992, em Roraima, autoridades montaram uma operação para expulsar milhares de garimpeiros.
Eles voltaram à área, no entanto, em números expressivos sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendia a mineração em terras indígenas e cuja gestão fechou os olhos para invasões de reservas por garimpeiros e madeireiros ilegais.