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Indiciado pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), por participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio e voltou a artilharia para um antigo desafeto: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e organização criminosa.
Também foram indiciados os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente da República nas eleições de 2022.
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Entre os 37 indiciados, também estão o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido do ex-presidente da República.
O relatório final da PF tem mais de 800 páginas. O documento foi finalizado na tarde desta quinta-feira (21) e encaminhado ao STF.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, deve compartilhar o relatório com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao PGR, Paulo Gonet, a decisão sobre a apresentação ou não de uma denúncia contra os investigados.
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“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou Bolsonaro, em entrevista ao jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, completou o ex-presidente.
Pouco depois de o Metrópoles publicar as declarações de Bolsonaro, o ex-presidente postou o conteúdo em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
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A defesa de Jair Bolsonaro vem afirmando que o ex-presidente “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.