Após 50 dias de fuga, PF captura dois foragidos de penitenciária em Mossoró

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33, fugiram da unidade penitenciária em Mossoró (RN) no dia 14 de fevereiro; eles foram localizados no estado do Pará

Equipe InfoMoney

Rogério Mendonça, um dos fugitivos do presídio de Mossoró, após ser recapturado (Foto: PF/Divulgação)
Rogério Mendonça, um dos fugitivos do presídio de Mossoró, após ser recapturado (Foto: PF/Divulgação)

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Chegou ao fim, nesta quinta-feira (4), a “caçada” pelos dois presos que haviam fugido da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), em fevereiro. A Polícia Federal (PF) informou que ambos foram encontrados e detidos na cidade de Marabá, no estado do Pará, a mais de 1,6 mil quilômetros de distância de Mossoró.

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33, fugiram da unidade penitenciária potiguar no dia 14 de fevereiro. Foram, portanto, 50 dias de busca pelos dois foragidos.

Os detentos, que são oriundos do Acre, estavam presos na unidade de Mossoró desde setembro do ano passado. Segundo a PF, eles fazem parte da facção criminosa Comando Vermelho.

Para fugir da prisão, os dois detentos abriram passagem por meio de um buraco atrás de uma luminária do presídio. Eles cortaram duas cercas de arame utilizando ferramentas de uma obra que estava em andamento no local.

Foi a primeira fuga da história do sistema penitenciário federal de segurança máxima no país. Além de Mossoró, há penitenciárias do tipo em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

Segundo informações da TV Globo, a dupla deve retornar ao presídio de Mossoró.

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Afastamento da direção

Em fevereiro, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento da direção da penitenciária em Mossoró após a fuga dos presos. Inicialmente, as buscas pela dupla ficaram concentradas em Mossoró e Baraúna (RN), especialmente nas áreas rurais.

Após a fuga inédita, Lewandowski, anunciou a construção de muralhas em todas as cinco unidades federais de segurança máxima, além da instalação de câmeras com reconhecimento facial e a ampliação dos sistemas de alarmes.

O ministro classificou a fuga como “resultado de uma série de eventos fortuitos” e disse estar trabalhando “para que esta situação não se repita”. Logo após o incidente, ele determinou uma revisão nos protocolos de segurança das cinco penitenciárias federais, além da abertura de um inquérito e uma sindicância e a inclusão dos nomes dos fugitivos na lista da Interpol.