Apagão, fantasmas do passado e alianças são destaques do debate entre Nunes e Boulos

O segundo turno está marcado para o dia 27 de outubro

Equipe InfoMoney

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos no debate da Record/Estadão (Reprodução: Youtube)
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos no debate da Record/Estadão (Reprodução: Youtube)

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O debate promovido pelo Estadão e pela TV Record com os candidatos a prefeito de São Paulo terminou por volta das 23h09 do último sábado, 19. Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) se enfrentaram durante três blocos, por meio de confrontos diretos e perguntas de jornalistas.

Entre os principais temas discutidos no debate estiveram a responsabilidade sobre o apagão e a concessão da Enel, o passado do psolista em relação a sua atuação como líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e questionamentos sobre as alianças dos postulantes, como o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao atual prefeito.

O candidato do PSOL criticou o prefeito pela falta de poda e manejo das árvores e Nunes responsabilizou o governo federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por não romperem o contrato com a Enel. Ambos defenderam o fim do contrato com a concessionária.

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O prefeito explorou posições do adversário e do PSOL sobre segurança pública, drogas e aborto. Boulos se defendeu adotando posições mais moderadas das que já expressou no passado, como vem sendo a tônica na campanha.

Saiba mais: Qual é a data de votação no segundo turno?

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira, 17, Nunes tem 51% dos votos e Boulos, 33%.

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O segundo turno está marcado para o dia 27 de outubro.

Em suas considerações finais no debate da Record e do Estadão, Boulos pediu o voto dos eleitores que não o escolheram no primeiro turno e votaram em Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB). “Apostem na mudança. Eu me preparei. Podem confiar”, afirmou.

E disse o candidato do PSOL: “Não se deixem amedrontar por mentiras, fake news, ataques, que vão vir ainda mais fortes nessa reta final.”

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Para depois concluir: “Eu trouxe a Marta Suplicy para ser minha vice, que foi uma grande prefeita, juntei um time de especialistas, busquei soluções internacionais e trouxe uma experiência de vida convivendo com as pessoas.”

Já nos momentos finais do debate, Nunes disse que esteve na praça da Sé, região central de São Paulo, e que teria observado crianças brincando durante a noite. A fala do candidato veio após a pergunta do jornalista e colunista do Estadão, Marcelo Godoy, sobre a segurança na região e medidas cabíveis para proteção da população.

“Eu estive outro dia na praça da Sé, era por volta de 22h, as crianças brincando… A gente sabe que tem muito trabalho pela frente, mas estamos e vamos continuar avançando”, respondeu Nunes.

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A fala gerou ironia de Boulos, dizendo que a cidade pintada por Ricardo Nunes era muito diferente daquela da vida real, e afirmando que o mesmo sempre fugia das respostas.

“Gente, vocês viram que ele não fica nem vermelho? As crianças brincando às 23 horas na praça da Sé, a população sorrindo com seus celulares na mão. Olha a fantasia ficção que ele monta”, disse Boulos em seu comentário a resposta.

Nunes também voltou a dizer que abre seu sigilo bancário se alguma autoridade pedir. “A abertura da minha conta, se for alguma autoridade que pedir, está liberada. Tenho minha vida limpa e transparente”, disse Nunes.

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(com Estadão Conteúdo)

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